Jetro: Conselhos sábios aliviam fardos

Jetro: Conselhos sábios aliviam fardos

Seja muito bem-vindo(a) à AULA MESTRE | EBD – Escola Bíblica Dominical | Lição 1 – Revista Betel Dominical | 4º Trimestre/2025 .

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Com linguagem clara e fundamentação sólida nas Escrituras, este material oferece um recurso adicional que aprofunda o estudo, enriquece a aplicação e amplia a compreensão das verdades bíblicas de cada lição.

É fundamental esclarecer que os textos da AULA MESTRE | EBD | Betel Dominical não são cópias da revista impressa.

Embora a estrutura de títulos, tópicos e subtópicos siga fielmente o conteúdo oficial, os textos aqui apresentados são comentários inéditos, reflexões aprofundadas e aplicações teológicas elaboradas pelo Pr. Francisco Miranda , fundador do IBI “Instituto Bíblico Internacional” e do Teologia24horas.

Mesmo para quem já possui a revista impressa, a AULA MESTRE | EBD | Betel Dominical representa uma oportunidade valiosa de preparação, oferecendo uma abordagem teológica e pedagógica mais completa, capaz de fortalecer o ensino e contribuir diretamente para a edificação da Igreja local.

Texto áureo

“Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer” (Êxodo 18.18).

O Texto Áureo mostra a realidade do limite humano na liderança.

O verbo hebraico usado para “desfalecer” é ( nāvāl ), transmitindo a ideia de esgotar-se, definhar, perder vigor . Moisés, embora chamado por Deus, estava sujeito à fadiga.

A advertência de Jetro aponta para a necessidade de delegar responsabilidades .

Assim, aprendemos que o ministério não pode ser conduzido na força própria, mas no poder do Espírito Santo e com a colaboração de irmãos fiéis (At 6.3-4).

Verdade aplicada

É preciso avaliar conselhos e sugestões à luz da Palavra de Deus, em todas as áreas da vida, pois pertencemos ao Senhor.

A verdadeira sabedoria não está em ouvir qualquer conselho, mas em discernir, pelo Espírito e pelas Escrituras, o que vem de Deus.

Objetivos da lição

  • Conhecer a história de Jetro
    O nome Jetro (יִתְרוֹ – Yitrô) significa “excelência” ou “abundância”. Também chamado de Reuel (Êx 2.18; Nm 10.29), ele era sacerdote em Midiã, descendente de Abraão por Quetura (Gn 25.1-2). Sua presença na narrativa bíblica demonstra que Deus levantou conselheiros fora da linhagem direta de Israel para instruir Seus servos. Conhecer sua história nos ensina que a sabedoria divina pode se manifestar através de pessoas que temem a Deus, mesmo não fazendo parte da liderança central. Como Moisés pastoreou o rebanho de Jetro (Êx 3.1), aprendemos que grandes líderes são forjados no serviço humilde antes de conduzir multidões .
  • Ressaltar a importância de valorizar o conselho de cristãos maduros
    O termo hebraico para “aconselhar” é יָעַץ – yā‘ats, que significa guiar com sabedoria prática e experiência (cf. Is 9.6, onde Cristo é chamado de “Conselheiro Maravilhoso”). Moisés, embora profeta e libertador, precisou ouvir seu sogro para não sucumbir ao esgotamento (Êx 18.17-18). O Novo Testamento confirma a importância de ouvir os mais experientes: “Na multidão de conselheiros há segurança” (Pv 11.14; cf. Tg 3.13-17). Paulo também orienta Timóteo a aprender com homens fiéis e idôneos (2Tm 2.2). Valorizar os conselhos de cristãos maduros é reconhecer que o Espírito Santo atua através da comunidade de fé, não apenas de indivíduos isolados.
  • Identificar os benefícios de boas parcerias na caminhada ministerial
    O conselho de Jetro foi baseado na necessidade de dividir o fardo . O verbo hebraico נָשָׂא – nāśā’ (“carregar, levar”, Êx 18.22) aponta para a ideia de compartilhar responsabilidades . Moisés não deveria carregar sozinho, mas repartir a carga com homens capazes e tementes a Deus. No Novo Testamento, o verbo grego βαστάζω – bastázō (“suportar, carregar”, Gl 6.2) reforça esse princípio: “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo”. Parcerias ministeriais saudáveis evitam o desgaste, fortalecem a unidade e promovem maior eficácia no serviço ao Reino (At 6.1-7).

Textos de referência – Êxodo 18:21-24

21 – “E tu, dentre todo o povo, procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta e maiorais de dez.”

Aqui, Jetro estabelece quatro requisitos para líderes em Israel:

  • Homens capazes ( ’ănashîm chayil – אֲנָשִׁים חַיִל): expressão que significa “homens de força, valor, competência”. O termo chayil aparece também em Pv 31:10, para a “mulher virtuosa”, indicando não apenas força física, mas também excelência moral e espiritual.
  • Tementes a Deus ( yere’ Elohim – יְרֵאֵי אֱלֹהִים): literal “aqueles que reverenciam a Deus”. O temor ( yir’ah ) no hebraico significa reverência profunda e submissão, não medo pavoroso (cf. Pv 1:7; Sl 111:10).
  • Homens de verdade ( ’ănashîm ’ĕmet – אֲנָשִׁים אֱמֶת): pessoas que praticam a fidelidade e integridade. O termo ’ĕmet é usado também em Sl 31:5, onde Deus é chamado “Deus da verdade”.
  • Que aborreçam a avareza ( śōn’ê bātsa‘ – שֹׂנְאֵי בָצַע): literalmente “que odeiem o ganho desonesto”. A palavra bātsa‘ refere-se a lucros ilícitos (cf. Is 33:15; Mq 2:2).

Esse verso já antecipava a necessidade de líderes espirituais e morais, não apenas administrativos, modelo que o Novo Testamento reforça em At 6:3 (a escolha dos diáconos).

22 – “Para que julguem este povo em todo o tempo, e seja que todo negócio grave tragam a ti, mas todo negócio pequeno eles o julguem; assim, a ti mesmo te aliviarei da carga, e eles a levarão contigo.”

Aqui, Jetro apresenta o princípio da delegação .

O verbo “julgar” ( shāphat – שָׁפַט) significa exercer autoridade e governar com justiça.

Moisés deveria ficar apenas com os casos mais graves ( hāgādōl – הַגָּדֹל – “os grandes”), enquanto os auxiliares cuidariam dos casos pequenos ( hāqātān – הַקָּטָן – “os menores”).

Isso aponta para um modelo de liderança equilibrada, no qual ninguém carrega sozinho o peso (cf. Nm 11:16-17; Gl 6:2).

23 – “Se isto fizeres, e Deus te mandar, poderás então subsistir, assim também todo este povo em paz virá ao seu lugar.”

Jetro não apresenta apenas sua opinião, mas submete seu conselho à vontade divina: “e Deus te mandar” ( weṣiv’kā Elohîm – וְצִוְּךָ אֱלֹהִים).

O verbo ṣāvâ (צָוָה) significa ordenar com autoridade divina. Isso mostra que todo conselho humano precisa ser confirmado por Deus.

O resultado é a paz do povo: a palavra usada é shalom (שָׁלוֹם), que indica integridade, bem-estar, descanso. Assim, a delegação traz não só alívio ao líder, mas também paz à comunidade.

24 – “E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro e fez tudo quanto tinha dito.”

O verbo “deu ouvidos” ( shāma‘ – שָׁמַע) significa ouvir com atenção e obedecer (cf. Dt 6:4: “Ouve, Israel”).

Moisés não apenas escutou, mas colocou em prática, demonstrando humildade.

O Novo Testamento reforça esse princípio: “Sede prontos para ouvir, tardios para falar” (Tg 1:19).

Resumo Teológico: Êxodo 18:21-24 nos ensina que a liderança segundo Deus deve ser:

  • Moralmente íntegra (homens de verdade);
  • Espiritualmente reverente (tementes a Deus);
  • Administrativamente sábia (capazes de julgar causas);
  • Eticamente incorruptível (que aborreçam a avareza).

Esse padrão atravessa toda a Escritura, sendo reafirmado na escolha de líderes em Atos 6:3 e nas qualificações de presbíteros e diáconos em 1Tm 3:1-13 e Tt 1:5-9.

Leituras complementares

  • Segunda | Êx 2.16-20 – Moisés salva as filhas de Jetro dos pastores maldosos.
  • Terça | Êx 2.21-25 – Jetro dá a Moisés sua filha Zípora como esposa.
  • Quarta | Êx 3.1 – Apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro.
  • Quinta | Êx 4.18 – Moisés pede ao sogro para visitar seus irmãos.
  • Sexta | Êx 18.1 – Jetro ouve falar das maravilhas de Deus ao povo de Israel.
  • Sábado | Nm 10.29 – O Senhor prometeu boas coisas a Israel.

Hinos sugeridos

  • Hino 115 – Mais perto quero estar
    Esse clássico hino expressa o anseio de depender de Deus em todo o tempo. A proximidade com o Senhor nos ajuda a discernir conselhos segundo a Sua vontade (Tg 4:8). Assim como Moisés precisava da direção divina para liderar, o crente precisa permanecer perto de Cristo para ter clareza espiritual.
  • Hino 515 – Deixa penetrar a luz
    Esse hino fala da iluminação espiritual que vem da Palavra e do Espírito Santo. Relaciona-se com a lição porque, para avaliar conselhos, é necessário andar na luz de Cristo (Sl 119:105; Jo 8:12). A luz dissipa enganos e guia o cristão na verdade, prevenindo-o contra maus conselhos.
  • Hino 600 – Mais graça a ti
    Este hino enfatiza a graça que sustenta e fortalece o crente em meio às lutas. A liderança de Moisés, fortalecida pelo conselho sábio de Jetro, ilustra a graça divina que não permite que o servo de Deus desfalque sozinho (2Co 12:9). A graça capacita a repartir o fardo e a caminhar em unidade com outros irmãos.

Os hinos 115, 515 e 600 conduzem a igreja à reflexão sobre dependência de Deus, discernimento pela luz da Palavra e fortalecimento pela graça , exatamente os pilares da lição sobre Jetro e o valor dos conselhos sábios.

Motivo de oração

Oremos para que o Senhor da seara (Mt 9:38) levante e envie trabalhadores fiéis ( ergátai pistoi – ἐργάται πιστοί), homens e mulheres cheios do Espírito Santo e da Palavra, tementes a Deus ( yere’ Elohim – יְרֵאֵי אֱלֹהִים), que auxiliem no cuidado do Seu povo e aliviem os fardos da liderança.

Assim como Moisés recebeu ajuda por meio dos conselhos de Jetro (Êx 18:21-22), intercedamos para que o Senhor suscite em nossa geração líderes e cooperadores íntegros, que aborreçam a avareza ( śōn’ê bātsa‘ – שֹׂנְאֵי בָצַע; Êx 18:21), sejam homens e mulheres de verdade ( ’ănashîm ’ĕmet – אֲנָשִׁים אֱמֶת) e vivam em santidade (1Tm 3:1-13; At 6:3).

Que possamos ver se cumprindo entre nós a promessa de Ef 4:11-12: Cristo mesmo deu pastores, mestres e evangelistas “para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo”.

Ponto de partida

Jetro aconselha Moisés

Esse ponto de partida nos lembra que até os maiores líderes precisam de orientação sábia.

O verbo hebraico yā‘ats (יָעַץ), usado para “aconselhar”, significa guiar com sabedoria prática . Moisés, chamado por Deus e cheio de autoridade, não desprezou a palavra de seu sogro, mas ouviu e obedeceu (Êx 18:24).

Assim aprendemos que a humildade para receber bons conselhos é um sinal de maturidade espiritual (Pv 11:14; Tg 3:17).

Introdução

O conselho de um crente fiel pode ser determinante para o rumo de nossa vida e ministério, pois, segundo a Escritura, “na multidão de conselhos há segurança” (Pv 11:14).

Moisés, ainda que fosse profeta escolhido por Deus (Dt 34:10) e portador de grande autoridade espiritual, mostrou humildade ao ouvir o conselho de seu sogro Jetro, para não sucumbir ao peso insuportável da liderança.

O episódio de Êxodo 18 demonstra que até os mais capacitados necessitam de parcerias ministeriais e da sabedoria divina mediada por conselheiros tementes a Deus.

O verbo hebraico usado para “aconselhar” é יָעַץ – yā‘ats , que significa “deliberar, orientar, guiar com sabedoria prática”.

Essa mesma raiz é usada em Isaías 9:6, quando Cristo é chamado de “Conselheiro Maravilhoso” ( pele’ yō‘ēts ), mostrando que a verdadeira direção para o povo de Deus flui de conselhos impregnados pelo temor do Senhor.

Jetro não ofereceu apenas uma opinião humana, mas uma palavra de discernimento fundamentada em princípios espirituais, alinhada ao caráter de Deus.

A orientação de Jetro, ao sugerir que Moisés levantasse homens capazes e tementes a Deus (Êx 18:21), antecipa o princípio neotestamentário da delegação e formação de líderes, como se vê na escolha dos sete diáconos em Atos 6:3, onde a comunidade é instruída a buscar homens “de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria”.

No grego do Novo Testamento, o termo συμβουλεύω – symbouleuō (aconselhar, orientar, cf. Mt 22:15) também traz a ideia de “deliberar junto” ou “decidir em conjunto”, reforçando que o conselho sábio não é imposição, mas uma caminhada compartilhada em busca da vontade de Deus.

Assim, a experiência de Moisés e Jetro ensina que a liderança não deve ser centralizadora nem solitária, mas compartilhada e sustentada pelo temor do Senhor, pela obediência à Palavra e pela humildade de receber conselhos.

Essa prática não apenas preserva o líder do esgotamento, mas também traz paz e ordem ao povo de Deus (Êx 18:23; Hb 13:17).

1 – Conhecendo Jetro

Jetro, cujo nome em hebraico יִתְרוֹ – Yitrô significa “abundância, excelência” , era também chamado de Reuel ( רְעוּאֵל – Re‘u’ēl ), que significa “amigo de Deus” (Êx 2:18; Nm 10:29).

Ele era sacerdote em Midiã, descendente de Abraão com Quetura (Gn 25:1-6), o que indica que sua linhagem remonta a uma tradição espiritual ligada ao Deus Altíssimo, ainda que fora da aliança abraâmica estabelecida por meio de Isaque.

Assim como Melquisedeque (Gn 14:18), Jetro representa a presença de sacerdotes fiéis ao Senhor fora da comunidade de Israel.

Mais do que sogro de Moisés, Jetro foi um instrumento de Deus para preservar o vigor do libertador de Israel , evitando que o peso insuportável da liderança destruísse sua saúde e comprometesse a missão divina. Seu caráter equilibrado e seu discernimento prático o tornaram modelo de conselheiro sábio .

O episódio de Êxodo 18 demonstra que Deus pode usar conselheiros piedosos para guiar até os maiores líderes.

1.1 – Maior que todos os deuses

Ao ouvir de Moisés o relato das maravilhas do Êxodo, Jetro exclamou: “Agora sei que o Senhor é maior que todos os deuses” (Êx 18:11).

O verbo “saber” aqui é יָדַע – yāda‘ , que não expressa apenas conhecimento intelectual, mas um conhecimento experiencial e relacional .

Trata-se da mesma raiz usada em Gn 4:1 (“Adão conheceu Eva”), indicando uma experiência íntima e transformadora.

Jetro passou de sacerdote em Midiã a adorador do Deus de Israel , reconhecendo Sua supremacia sobre os falsos deuses.

Esse reconhecimento ecoa em outros testemunhos de estrangeiros que confessaram a grandeza do Senhor, como Raabe em Js 2:11 e Nabucodonosor em Dn 4:34-37.

O testemunho de Moisés, unido às obras de Deus, levou Jetro a proclamar a exclusividade do Senhor. Assim, aprendemos que o conselho sábio nasce de um coração que primeiro se rende à soberania divina .

1.2 – Jetro, o bom conselheiro

Ao perceber o desgaste insustentável de Moisés, Jetro advertiu: “Não é bom o que fazes” (Êx 18:17).

A palavra “bom” aqui é טוֹב – ṭôv , que no hebraico carrega a ideia de algo “agradável, adequado, conforme o propósito divino” (Gn 1:4).

O conselho de Jetro não partiu de crítica destrutiva, mas de uma correção amorosa , fundamentada no desejo de ver a obra de Deus prosperar sem que o líder fosse consumido pelo excesso de carga.

No Novo Testamento, o apóstolo Paulo também aconselha de forma pastoral e edificante, exortando com amor (1Ts 2:11-12).

O termo grego νουθεσία – nouthesia (exortação, admoestação, cf. Ef 6:4) tem esse mesmo tom de advertência amorosa que visa restaurar, não destruir.

Portanto, Jetro se apresenta como exemplo de conselheiro temente a Deus, que sabe falar a verdade em amor (Ef 4:15).

1.3 – Jetro diz o que fazer

Sua orientação foi clara: selecionar homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade e que odeiem a avareza (Êx 18:21).

Cada qualidade aqui é profundamente significativa:

  • Capazes ( חַיִל – chayil ): homens de valor, força e competência. A mesma palavra usada para descrever a “mulher virtuosa” de Pv 31:10, indicando excelência integral.
  • Tementes a Deus ( יְרֵאֵי אֱלֹהִים – yere’ Elohim ): aqueles que vivem em reverência, pois “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 9:10).
  • Homens de verdade ( אֱמֶת – ’ĕmet ): pessoas de integridade e fidelidade, refletindo o caráter de Deus, que é chamado “Deus da verdade” (Sl 31:5).
  • Que aborreçam a avareza ( שֹׂנְאֵי בָצַע – śōn’ê bātsa‘ ): indivíduos que rejeitam ganhos desonestos, pois “o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males” (1Tm 6:10).

Esse modelo de liderança descentralizada e criteriosa ecoa em At 6:3, quando os apóstolos instruíram a escolha de diáconos “de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria”.

Jetro, portanto, não apenas aliviou o fardo de Moisés, mas estabeleceu um princípio de administração eclesiástica que atravessa toda a história bíblica .

📌 Até aqui, aprendemos que…

Jetro foi um sacerdote e conselheiro piedoso, cujo nome Yitrô significa “excelência”, que reconheceu a soberania absoluta do Senhor ( YHWH – יהוה) como Deus acima de todos os deuses (Êx 18:11).

Ele discerniu as limitações humanas de Moisés, mostrando que nenhum líder pode carregar sozinho o peso do povo (Êx 18:18), e apresentou princípios de liderança fundamentados no temor do Senhor ( yir’at YHWH – יִרְאַת יְהוָה; Pv 1:7), na verdade ( ’ĕmet – אֱמֶת; Sl 31:5) e na justiça ( ṣedeq – צֶדֶק; Mq 6:8).

Seu exemplo antecipa o ensino neotestamentário de que a obra de Deus deve ser compartilhada com homens fiéis, cheios do Espírito e de sabedoria (At 6:3; 2Tm 2:2).

Assim, aprendemos que conselhos sábios aliviam fardos e preservam a missão divina.

2 – Aprendendo a ouvir

O sábio Salomão afirmou: “Na multidão de conselhos há segurança” (Pv 11:14).

A palavra hebraica para “segurança” é tĕshū‘āh (תְּשׁוּעָה), que pode ser traduzida como “salvação, livramento, vitória”.

Isso mostra que bons conselhos não apenas orientam, mas podem preservar vidas e ministérios . Moisés, mesmo sendo profeta levantado por Deus, demonstrou humildade espiritual ( tapeinophrosynē – ταπεινοφροσύνη, humildade de mente; cf. Fp 2:3) ao ouvir seu sogro Jetro, reconhecendo que líderes sábios não desprezam orientações divinas vindas de outros instrumentos de Deus.

A Escritura enfatiza: “Ouve o conselho e aceita a disciplina, para que sejas sábio” (Pv 19:20).

2.1 – Jetro e Paulo para hoje

Paulo, escrevendo a Timóteo, orientou: “O que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (2Tm 2:2).

Aqui, o termo grego pistoi (πιστοί) significa fiéis, confiáveis , e hikanoi (ἱκανοί) indica pessoas capazes, competentes .

Essa instrução ecoa o conselho de Jetro a Moisés em Êxodo 18:21, quando ele pediu a escolha de homens capazes ( ’ănashîm chayil – אֲנָשִׁים חַיִל), tementes a Deus e íntegros.

A sabedoria de Jetro e Paulo converge para um mesmo princípio bíblico: formar sucessores fiéis e preparados , garantindo continuidade ao ministério e evitando o desgaste físico, emocional e espiritual das lideranças.

Tal prática é vista também em Nm 27:18-20, quando Josué é levantado como sucessor de Moisés pela imposição das mãos. Isso nos mostra que a liderança no Reino de Deus deve ser multiplicadora e discipuladora , e não centralizadora.

2.2 – O melhor conselho está na Bíblia

A Escritura é a fonte suprema de direção para o povo de Deus.

O texto de Pv 19:20 declara: “Ouve o conselho ( ‘ētsāh – עֵצָה, direção, orientação) e recebe a correção ( mûsār – מוּסָר, disciplina, instrução), para que sejas sábio ( ḥākām – חָכָם, sábio, hábil) nos teus últimos dias”.

Isso mostra que a verdadeira sabedoria não é meramente humana, mas revelação divina aplicada à vida .

Nenhum conselho, por mais lógico ou estratégico, pode substituir a direção da Palavra de Deus, pois esta é “lâmpada para os pés e luz para o caminho” (Sl 119:105).

O próprio Cristo, chamado de ho Logos (ὁ λόγος – “o Verbo”, Jo 1:1), é a plena revelação da vontade de Deus.

Assim, todo conselho humano deve ser filtrado pela Escritura , que é “inspirada por Deus ( theopneustos – θεόπνευστος) e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução em justiça” (2Tm 3:16).

2.3 – A procedência do conselho

Nem todo conselho procede de Deus. Por isso, o apóstolo João nos exorta: “Não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus” (1Jo 4:1).

É necessário discernimento espiritual ( diakrisis – διάκρισις; 1Co 12:10), a fim de avaliar se um conselho promove edificação ( oikodomē – οἰκοδομή), exortação ( paraklēsis – παράκλησις) e consolação ( paramythia – παραμυθία; cf. 1Co 14:3).

Um conselho pode parecer lógico, mas se não estiver em conformidade com a Palavra, deve ser rejeitado. Eva seguiu o conselho da serpente, que parecia razoável, mas trouxe ruína (Gn 3:1-6).

Roboão, por sua vez, desprezou os conselhos dos anciãos e deu ouvidos aos jovens inexperientes, o que resultou na divisão do reino (1Rs 12:8-16).

Isso mostra que ouvir o conselho errado pode trazer consequências graves para a vida espiritual, familiar e ministerial.

Portanto, o conselho que vem de Deus sempre se alinha com a verdade revelada nas Escrituras, conduz à paz ( shalom – שָׁלוֹם; Êx 18:23; Cl 3:15) e produz frutos de justiça (Hb 12:11).

📌 Até aqui, aprendemos que…

Ouvir é uma virtude espiritual que demonstra humildade ( tapeinophrosynē – ταπεινοφροσύνη; Fp 2:3) e disposição para crescer na sabedoria de Deus.

Contudo, discernir ( diakrisis – διάκρισις; Hb 5:14; 1Co 12:10) a procedência do conselho é essencial para evitar enganos, pois nem todo conselho vem do Senhor (1Rs 12:8; 1Jo 4:1).

O conselho que procede de Deus edifica, exorta e consola (1Co 14:3), conduzindo-nos à sua vontade boa, perfeita e agradável (Rm 12:2). Assim, aprendemos que não basta ouvir — é preciso provar e reter o que é bom (1Ts 5:21).

3 – Rejeitando os maus conselhos

O Salmo 1 abre o Saltério afirmando que o bem-aventurado ( ’ashrê – אַשְׁרֵי, “feliz, plenamente realizado”) é aquele que não anda “segundo o conselho ( ‘ētsāh – עֵצָה, orientação, plano) dos ímpios” (Sl 1:1).

A verdadeira felicidade não está em ouvir vozes enganosas, mas em meditar dia e noite na Lei do Senhor ( tôrāh – תּוֹרָה, instrução divina).

O inimigo, chamado de “pai da mentira” (Jo 8:44), busca enfraquecer o cristão através de conselhos sutis e distorcidos, como fez com Eva no Éden (Gn 3:1-6).

Contudo, o crente deve permanecer firmado na Palavra, que é a verdade ( alētheia – ἀλήθεια; Jo 17:17) e a espada do Espírito (Ef 6:17).

3.1 – Conhecendo o conselheiro

O apóstolo Paulo adverte: “As más conversações corrompem os bons costumes” (1Co 15:33).

O termo grego homilia (ὁμιλία) traduzido como “conversações” significa companhias, associações, comunhão de ideias .

Já “corrompem” vem de phtheirousin (φθείρουσιν), que implica em deteriorar, arruinar, destruir moralmente . Isso revela que conselhos e relacionamentos têm poder de moldar nosso caráter e conduta.

Por isso, é necessário avaliar quem nos aconselha: sua vida, sua fé e seu testemunho (Mt 7:16 – “pelos frutos os conhecereis”).

Bons conselheiros são marcados pela fidelidade ( pistis – πίστις; Hb 11:1) e pelo temor de Deus ( yir’at YHWH – יִרְאַת יְהוָה; Pv 9:10).

Assim como Moisés discerniu em Jetro um homem íntegro, o cristão deve identificar líderes e irmãos que andam na luz (1Jo 1:7).

3.2 – Analisando o conselho

Jetro instruiu Moisés a não agir apenas por lógica, mas a consultar o Senhor antes de implementar suas orientações (Êx 18:23).

O verbo hebraico ṣāvâ (צָוָה), usado para “mandar, ordenar”, mostra que Jetro subordinou seu conselho à ordem divina.

Isso nos ensina que oração e submissão à Palavra são filtros essenciais de qualquer direção recebida.

Antes de aceitar qualquer conselho, devemos colocá-lo diante de Deus em oração (Fp 4:6-7) e confrontá-lo com as Escrituras.

O apóstolo João nos adverte: “Provai ( dokimazete – δοκιμάζετε, examinar, testar) os espíritos para ver se procedem de Deus” (1Jo 4:1).

Esse princípio é confirmado por Paulo: “Examinai tudo; retende o bem” (1Ts 5:21).

3.3 – Cuidado com os maus conselhos

A Bíblia é clara: “Há caminho que parece direito ao homem, mas o fim dele conduz à morte” (Pv 14:12).

O termo hebraico yāshār (יָשָׁר) traduzido como “direito” significa algo que parece reto, justo , mas pode ser ilusório.

Esse é o perigo dos conselhos motivados por inveja, orgulho ou interesses pessoais.

Neemias enfrentou opositores que tentaram desviá-lo com propostas aparentemente razoáveis, mas que tinham intenções malignas.

Sua resposta foi firme: “Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer” (Ne 6:3).

Da mesma forma, o cristão deve permanecer inabalável na obra que Deus lhe confiou (1Co 15:58).

Conselhos maus sempre existiram: os amigos de Jó (Jó 4–5) que distorciam a justiça de Deus; os falsos profetas que seduziram Acabe (1Rs 22:22-23); ou até Pedro, quando, mal aconselhando Jesus, foi repreendido: “Para trás de mim, Satanás!” (Mt 16:23).

Tais exemplos nos alertam de que o inimigo pode usar pessoas próximas para tentar desviar-nos da vontade divina.

📌 Até aqui, aprendemos que…

O cristão deve rejeitar conselhos ímpios, examinar suas origens e firmar-se na Palavra de Deus. Somente os conselhos que promovem verdade, justiça e temor do Senhor conduzem à vida; os demais levam ao engano e à morte espiritual.

Conclusão

Todo conselho precisa ser avaliado à luz da Palavra de Deus e submetido em oração diante do Senhor, pois somente Ele é a fonte da verdadeira sabedoria (Tg 1:5; Pv 2:6).

O episódio entre Moisés e Jetro (Êx 18:13-24) nos ensina que a sabedoria divina pode se manifestar por meio de conselheiros fiéis, quando estes falam em conformidade com a vontade do Altíssimo.

O verbo hebraico יָעַץ – yā‘ats (“aconselhar”) não significa apenas dar uma opinião, mas orientar com discernimento e autoridade espiritual.

Já o termo grego συμβουλεύω – symbouleuō (Lc 14:31) implica “deliberar em conjunto”, mostrando que o conselho sábio não isola, mas promove comunhão.

Quando ouvimos bons conselhos, nossos fardos são aliviados, pois aprendemos a repartir responsabilidades conforme o princípio de bastázō (βαστάζω – “carregar juntos”, Gl 6:2).

Mas quando rejeitamos os maus conselhos, preservamos a fé, guardamos a missão e permanecemos firmes no caminho do Senhor (Sl 1:1-3; Rm 12:2).

Assim, a vida de Moisés nos mostra que até líderes chamados por Deus precisam da humildade de ouvir, da sabedoria para discernir e da coragem para aplicar corretamente os conselhos recebidos.

A bem-aventurança, conforme o Salmo 1, pertence aos que meditam na Lei do Senhor e rejeitam os conselhos dos ímpios, permanecendo enraizados como árvores plantadas junto a ribeiros de águas.

📌 Perguntas para reflexão e aplicação:

  1. Tenho avaliado os conselhos que recebo à luz da Palavra ou apenas pela lógica humana? (Pv 19:20; 2Tm 3:16).
  2. Reconheço a importância de ter conselheiros piedosos, como Jetro foi para Moisés? (Pv 11:14; Hb 13:7).
  3. Estou disposto a repartir meus fardos com irmãos fiéis, ou insisto em carregar tudo sozinho? (Êx 18:18; Gl 6:2).
  4. Como posso ser, em minha comunidade e família, um conselheiro sábio , que fala em verdade ( ’ĕmet – אֱמֶת) e temor do Senhor ( yir’ah – יִרְאָה)?

Aplicação prática

  • Pessoal
    Peça a Deus discernimento (diakrisis – διάκρισις, Hb 5:14; 1Co 12:10) para ouvir apenas conselhos alinhados às Escrituras. Nem todo conselho é de Deus, por isso é essencial provar os espíritos (1Jo 4:1) e examinar tudo, retendo apenas o que é bom (1Ts 5:21). O Salmo 119:105 declara que a Palavra é “lâmpada para os pés e luz para o caminho”, e somente ela serve como filtro seguro para julgar qualquer orientação. Assim como Moisés submeteu o conselho de Jetro à direção divina (Êx 18:23), devemos aprender a discernir entre a voz do Espírito e os enganos sutis do inimigo (Jo 10:27).
  • Familiar
    Seja um conselheiro sábio em sua casa, guiando sua família pela Palavra e pelo temor do Senhor (yir’at YHWH – יִרְאַת יְהוָה), pois “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 9:10). Como sacerdote do lar (Ef 5:23; Js 24:15), o pai e a mãe são chamados a instruir os filhos no caminho em que devem andar (Pv 22:6), transmitindo a fé “de geração em geração” (Sl 78:4-7). A sabedoria familiar não é apenas intelectual, mas prática, moldando caráter, fortalecendo relacionamentos e edificando lares firmados sobre a rocha que é Cristo (Mt 7:24-25). Assim como Jetro aconselhou Moisés com amor, também devemos edificar uns aos outros com palavras de graça e verdade (charis kai alētheia – χάρις καὶ ἀλήθεια; Ef 4:29; Jo 1:14).
  • Ministerial
    Aprenda a delegar tarefas, valorizando a colaboração de irmãos fiéis, para evitar sobrecarga e desgaste (Êx 18:18-22). O princípio da delegação responsável já estava em Jetro e reaparece em Atos 6:3, quando os apóstolos instruíram a escolha de diáconos “de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria” (plērēs pneumatos kai sophias – πλήρης πνεύματος καὶ σοφίας). Liderança ministerial não é centralizadora, mas compartilhada: uns plantam, outros regam, mas é Deus quem dá o crescimento (1Co 3:6-7). Quando aprendemos a dividir a carga (bastázō – βαστάζω, Gl 6:2), fortalecemos a unidade do corpo de Cristo (1Co 12:12-27) e cumprimos a lei do amor.

Desafio da semana

Pratique a humildade de Moisés, que “deu ouvidos à voz de seu sogro” (Êx 18:24), reconhecendo que até os maiores líderes precisam ser ensináveis.

A palavra hebraica shāma‘ (שָׁמַע) significa não apenas ouvir, mas ouvir com obediência , colocando em prática a instrução recebida (Dt 6:4).

Nesta semana, escolha uma área específica da sua vida — espiritual, familiar ou ministerial — e peça conselho a um irmão maduro em Cristo (Fp 3:17; Hb 13:7).

Ore sobre o que ouvir, submeta-o ao crivo da Palavra, que é inspirada por Deus ( theopneustos – θεόπνευστος; 2Tm 3:16), e aplique apenas aquilo que for confirmado pelo Espírito Santo (Jo 16:13).

Esse exercício de humildade ( tapeinophrosynē – ταπεινοφροσύνη; Cl 3:12) ajudará você a crescer em sabedoria prática, experimentar o alívio dos fardos (Mt 11:28-30) e aprender a caminhar em unidade no corpo de Cristo (Ef 4:11-13).

Seu irmão em Cristo, Pr. Francisco Miranda do Teologia24horas, um jeito inteligente de ensinar e aprender!

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  1. VOCÊ SABE O VALOR DE UM CONSELHO SÁBIO?

    Neste 4º trimestre de 2025, na EBD – Escola Bíblica Dominical, iniciamos uma nova jornada de aprendizado espiritual com a Revista Betel Dominical.

    No próximo domingo, estudaremos a Lição 1 – Jetro: Conselhos sábios aliviam fardos.

    Vivemos em uma sociedade acelerada, onde muitos tentam carregar sozinhos o peso da vida, das responsabilidades familiares, profissionais e até ministeriais.

    Porém, a Palavra de Deus nos lembra que até mesmo Moisés, o grande líder de Israel, precisou de conselhos para não sucumbir ao esgotamento: “Totalmente desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer” (Êx 18:18).


    Nesta lição aprenderemos que:
    ✅ Deus levanta conselheiros piedosos para fortalecer a liderança e a caminhada do Seu povo (Êx 18:19-20).
    ✅ O verdadeiro conselho nasce do temor do Senhor e está alinhado à Sua Palavra (Pv 11:14; Pv 19:20).
    ✅ A liderança compartilhada evita sobrecargas e promove paz e ordem entre o povo de Deus (Êx 18:23; At 6:3-4).

    Assim como Jetro ajudou Moisés, precisamos aprender a ouvir, discernir e aplicar conselhos segundo a sabedoria divina, lembrando que “na multidão de conselheiros há segurança” (Pv 11:14).

    Você está disposto a praticar a humildade de Moisés e reconhecer que não pode caminhar sozinho?

    💬 Marque aqui um professor da EBD ou um amigo que precisa ser lembrado: conselhos sábios aliviam fardos e preservam nossa missão!

    Vamos juntos edificar a Igreja do Senhor com uma fé sólida e uma prática cristã cheia de sabedoria! 🙌