Arca da Aliança na casa de Abinadabe e Obede-Edom

Arca da Aliança na casa de Abinadabe e Obede Edom

Arca da Aliança/Testemunho foi um objeto sagrado que pertenceu aos hebreus, Deus mandou que construíssem a arca como símbolo de Sua presença no meio do seu povo, como meio de comunicação entre Deus e o povo, e como local de armazenagem para as duas tábuas da Lei, os mandamentos prescritos na aliança do Sinai, como também guardava um vaso do maná e a vara de Arão.

Moisés recebeu do próprio Deus detalhes e medidas de como deveria ser construída a arca, Moises designou Bezalel (Êx 37) uma pessoa com habilidades manuais para fazer a arca conforme as características dadas por Deus.

Olá, graça e paz, aqui é o seu irmão em Cristo, Pr. Francisco Miranda do Teologia24horas, que essa “paz que excede todo entendimento, que é Cristo Jesus, seja o árbitro em nosso coração, nesse dia que se chama hoje…” (Fl 4:7; Cl 3:15).

Antes, quando Israel caminhava pelo deserto na direção da terra prometida, a presença do Senhor no meio deles era representada pela coluna de nuvem, de dia, e a coluna de fogo, durante a noite.

Essa nuvem e fogo simbolizavam que Deus estava presente e os direcionava, protegia e cuidava deles.

A presença milagrosa de Deus era perceptível por todos, era um sinal da bondade de Deus e da Sua presença no meio de Seus filhos.

Com a fixação do povo, a arca ficou primeiramente no Tabernáculo, no lugar de adoração e, depois, foi para o Templo, ela passou a ser a referência da presença divina, tal como a nuvem e coluna de fogo que acompanhou o povo na sua jornada.

Então, por que a arca saiu do Tabernáculo e foi parar primeiro na casa de Abinadabe e depois na de Obede-Edom, se ela era o símbolo máximo da presença de Deus no meio de seu povo, e deveria estar no Tabernáculo.

“Então, vieram os homens de Quiriate-Jearim e levaram a arca do SENHOR à casa de Abinadabe, no outeiro; e consagraram Eleazar, seu filho, para que guardasse a arca do SENHOR. Sucedeu que, desde aquele dia, a arca ficou em Quiriate-Jearim, e tantos dias se passaram, que chegaram a vinte anos; e toda a casa de Israel dirigia lamentações ao SENHOR” (I Samuel 7:1,2)

A arca caiu nas mãos dos filisteus

Aconteceu que os filisteus vieram a guerra contra Israel, I Samuel 4, e feriram quatro mil israelitas, então voltaram para o arraial e questionavam o porquê de eles não saíram vitoriosos como antes, os anciões concluíram que faltou a arca do Senhor junto na batalha, então eles mandaram trazer a arca que estava em Siló.

A arca estava sobre cuidados do profeta Eli e seus filhos, Hofni e Finéias, mas seus filhos faziam o que o Senhor desaprovava, pecavam e não davam as devidas honras as coisas sagradas, e a arca. A casa do profeta Eli estava em pecado e consequentemente a arca, a presença do Senhor era desrespeitada.

A arca foi trazida por Hofni e Finéias filhos de Eli, visto que seu pai era já de muita idade, quando a arca chegou ao acampamento israelitas houve tão grande jubilo que até a terra estremeceu, e os filisteus ouvindo que a arca havia chegado ficaram apavorados que foi preciso exortá-los para irem à guerra, e os filhos de Eli foram a batalha levando a arca, desta vez trinta mil israelitas morreram, e os filhos de Eli, a arca foi levada pelos filisteus.

A arca foi levada ao campo de batalha como um amuleto, como um objeto que traria sorte.

Algo deu errado, sem a arca morreram quatro mil, com a arca trinta mil israelitas morreram, o que aconteceu?

Os israelitas lembraram da arca somente na hora do aperto da dificuldade, trouxeram a arca para dar-lhes vitória, não para adorar e clamar a presença do Senhor no meio deles.

O que podemos aprender com esta situação vivida pelos israelitas?

Devemos em toda e qualquer circunstâncias adorar e buscar a Deus, ao Senhor da arca, não somente nas tribulações!

Imagina como seria você recebendo a arca em sua casa. Será que teria algumas preocupações, respeito e honras, ou com o passar do tempo se tornaria somente mais um objeto de decoração em cima de um móvel.

Em mãos dos filisteus a arca trouxe-lhes tantos problemas que logo devolveram aos israelitas.

Os filisteus tinham seus próprios deuses, eles adoravam o deus Dagom, então levaram a arca e a colocaram junto a casa de Dagom, aconteceu que ao amanhecer encontraram a imagem de Dagom caída com rosto em terra, achando que fosse coincidência levantaram a imagem, mas na manhã seguinte lá estava a imagem de Dagom mais uma vez com rosto em terra de frente com a arca, como se estivesse prestando honras, mas também, as maõs e a cabeça de Dagom foram cortadas, observem que foram cortadas não quebradas. Como se não bastasse somente isto, apareceram feridas nos corpos dos filisteus e ratos tomaram conta de suas terras.

A Arca ficou na terra dos filisteus durante sete meses e foi devolvida por eles aos israelitas. Diante de tantos problemas os filisteus devolvem a arca aos israelitas.

A arca na casa de Abinadabe

Os filisteus construíram uma carroça nova puxada por bois e arca foi embora sozinha sem ninguém conduzindo, chegando em Bete-Semes e os hebreus se alegraram muito com a Arca, porém alguns curiosos abriram a tampa do da arca para ver o que tinha dentro, morreram mais de 50 mil pessoas.

Depois dessa tragédia, deixaram na cada do sacerdote Abinadabe que significa “meu pai é generoso” ou “pai de generosidade”. 

Embora não haja muitas informações sobre quem foi esse Abinadabe, a Bíblia informa que a Arca da Aliança permaneceu em sua casa durante mais de vinte anos, até que o rei Davi se propôs a levar a Arca para Jerusalém (leia I Samuel 7:1,2; II Samuel 6:1-19).

Mas sua primeira tentativa de transportar a Arca foi um desastre, e, inclusive, acabou resultando na morte Uzá, um dos filhos de Abinadabe.

Depois de uma tentativa malsucedida de levá-la para Jerusalém ela foi para a casa de Obede-Edom três meses.

Então, podemos pensar assim, sendo a arca a presença de Deus, que homem de sorte foi esse Abinadabe, quantas bênçãos sua casa deve ter recebido, mas não, a Palavra diz que o Senhor abençoou a casa de Obede-Edom que ficou somente três meses com a arca, ao contrário de Abinadabe que ficou 20 anos anos com a arca em sua casa.

Abinadabe e sua família, acostumaram com a presença de Deus e deixaram de honrá-la

O texto nos diz que quando a Arca foi levada do arraial dos filisteus, ele foi guardada na casa de um levita chamado Abinadabe.

Abinadabe era pai de Eleazar, Uzá e Aiô. A arca ficou muito tempo na casa de Abinadabe. Se quando Davi foi retirar a arca os filhos de Abinadabe eram jovens, isso significa que quando a arca chegou a casa deles eles ainda eram crianças. Isso nos faz crer que eles cresceram vendo a arca.

Eles estavam acostumados demais a ver a arca de perto.

Era tudo tão comum, que eles não viram problema algum em tocarem a arca, apesar de haver uma ordem expressa de Deus que somente o sacerdote a tocasse.

Quando algo se torna muito comum para nós, perdemos a noção de valor!

Quando você está muito familiarizado com alguma coisa você deixa de atribuir valor e passa a ignorar porque aquilo fica rotineiro.

Por exemplo: como temos cultos e pequenos grupos ou células todas as semanas, isso se torna algo muito comum e as pessoas deixam de dar o devido valor a manifestação da presença de Deus naquele dia, por isso muitos faltam aos cultos porque pensam: “ah, eu perdi o culto esta semana mas na outra eu irei.” E ai perdem o mover da presença de Deus daquele culto que jamais se repetirá!

Na casa de Obede-Edom era diferente. Para eles, ter a arca na casa deles a cada dia era um prazer uma honra e eles a cada manha recebiam algo novo de Deus.

A cada reunião do PG “Pequenos grupos” ou células, e a cada culto Deus tem algo novo para você!

Para Abinadabe cuidar da arca era um peso, uma obrigação

A arca em sua casa era um peso pra ele, não um prazer.

Certamente eles pensaram assim: no início era sinal de bênção. Mas depois que levaram a arca para o meio da guerra e o povo perdeu a batalha, Hofni e Finéias morreram.

Depois ela foi levada para o templo do deus Dagom caiu duas vezes e se partiu.

Em seguida os filisteus ficaram todos cheios de tumores.

Parece que depois disso, a arca ficou com uma fama ruim entre o povo.

E isso talvez explique o porquê que Abinadabe ficou com a arca em sua casa, mas não demonstrou nenhum encargo por ela. Para ele, aqueles vinte anos foram um peso.

Para muitos hoje também, servir ao Senhor se tornou um peso, uma obrigação, por isto nada de sobrenatural acontece em suas vidas.

Abinadabe não demostrou gratidão em ter a arca em sua casa

Quando uma pessoa se torna familiarizada demais, perde a noção de honra e começa a fazer as coisas por obrigação, e a ingratidão é a consequência inevitável, as vezes é assim na nossa vida também.

O coração de Abinadabe é o coração daqueles que acham que estão fazendo além da conta e que o céu e a terra devem gratidão a ele. Já ouvi muitos dizerem: “Eu já fiz muito na obra de Deus, agora posso parar.” Isso é ingratidão a Deus.

  • Um coração grato é um coração comprometido: Obede-Edom era tão comprometido com a arca, que no dia que o rei Davi foi tirá-la da sua casa, ele pediu para ir junto só para continuar cuidando da arca;
  • Um coração grato é um coração alegre: Obede-Edom estava tão feliz pela arca que ele não queria deixá-la ir embora. Pessoas ingratas estão sendo reclamando;
  • Um coração grato é um coração motivado: No dia que Davi foi tirar a arca da casa de Abinadabe ele deve ter pensado: Até que enfim! Já era hora! Ele estava cansado! Abinadabe sentiu-se aliviado! Ao contrário de Obede-Edom que de tão empolgado decidiu cuidar da arca pelo resto de sua vida. Qual coração é o seu? O de Obede-Edom ou de Abinadabe? Que você decida mudar hoje o seu coração diante do Senhor!

Primeiramente vamos entender que a arca da Aliança representava a presença de Deus, mas ela por si só não tinha nenhum poder, que o poder, as bênçãos provinham de Deus mediante a fé, respeito e fidelidade. A presença de Deus está no coração do homem.

Acredito que uns dos motivos que Deus decidiu não se manifesta na casa do Sacerdote Abinadabe era que ele acostumou com a presença de Deus em sua casa, ou seja, hospedar da arca tornava um peso ou apenas uma obrigação, certamente eles pensaram assim: no início era sinal de bênção. Mas depois que levaram a arca para o meio da guerra e o povo perdeu a batalha, Hofni e Finéias morreram.

Acomodação paralisa o agir de Deus, leva a um lugar de adormecimento espiritual. Ela conduz a um estado perigoso na nossa vida, nos levando uma vida religiosa e mecanizada sem profundidade.

Devemos entender que a presença de Deus não se restringe em uma caixa ou um lugar físico, mas restringe a limitação humana, na verdade somos nós que limitamos a manifestação da sua presença.

O culto em nossas igrejas, por exemplo, pode ser o melhor culto da sua vida ou mais um culto, somos nós que fazemos o culto, devemos ter uma expectativa em sair diferente.

A presença de Deus se manifesta, motiva, contagia, afeta, atrai pessoas para perto. Cada culto tem uma surpresa para você. Uma nova direção.

A arca na casa de Obede-Edom

Podemos ver em I Crônicas 15 e 16, que depois que a arca foi levada da casa de Obede-Edom, ele foi para Jerusalém junto com a arca e se tornou músico diante da arca, ele tinha prazer em estar diante do Senhor e sabia que deveria honrar o Senhor com o seu melhor.

Quando Davi torna rei de Israel, a primeira coisa que Davi fez, foi buscar a arca da aliança estava na casa do sacerdote Abinadabe.

O rei Davi preparou uma grande comissão, com mais de trinta mil soldados, todo povo cantava hinos, dançavam com instrumentos, saltérios, pandeiros e tamborim. 

Mas Davi não seguiu as regras sobre o transporte da Arca, para locomover a arca tinha que ser levada nos ombros dos sacerdotes ou dos levitas.

Em vez disso, a Arca foi levada em uma carroça puxada por bois.

Pelo caminho, os bois tropeçaram e Uzá, um dos sacerdotes, tocou na Arca para não cair, mas ninguém tinha o direito de tocar na Arca da Aliança, por isso Deus castigou Uzá e ele morreu na mesma hora.

Isso deixou Davi muito temeroso, então a Arca foi levada para a casa de Obede-Edom, ficando ao seu cuidado por três meses.

Nesses três meses, Deus abençoou Obede-Edom, sua família e tudo que ele possuía, além disso, Deus abençoou com muitos filhos. Todos trabalhando ao serviço do templo (I Crônicas 26:4-6).

Uma das formas que Obede-Edom fez em forma de gratidão por aquilo que Deus tem feito era envolver sua vida e mobilizar os seus filhos ao serviço do templo. Ele queria demostrar sua gratidão em forma de serviço.

Um coração grato é um coração comprometido

Obede-Edom era tão comprometido com a arca, que no dia que o rei Davi foi tirá-la da sua casa onde havia sido muito abençoado, ele pediu para ir junto, só para continuar cuidando da arca;

Um coração grato é um coração alegre

Obede-Edom estava tão feliz pela arca que ele não queria deixá-la ir embora, não queria ficar sem a presença da arca. Pessoas ingratas estão sempre reclamando;

Um coração grato é um coração motivado

No dia que Davi foi tirar a arca da casa de Abinadabe ele deve ter pensado: Até que enfim! Já era hora! Ele estava cansado! Abinadabe sentiu-se aliviado!

Ao contrário de Obede-Edom que de tão empolgado decidiu cuidar da arca pelo resto de sua vida.

Um coração grato é um coração empenhado com o reino

Obede-Edom em Jerusalém diante da arca tornou-se músico, tesoureiro e líder de sessenta e oito.

Conclusão

Uma pessoa que é abençoada não precisa correr atrás da benção, ela vem até você.

A honra é um poder magnético de atrair as bênçãos de Deus (Salmos 84:5).

Tem o poder de mudar o ambiente onde vivemos.

Se tiver no centro da vontade de Deus até adversidade se transforma em benção.

Qual coração é o seu?
Qual casa você quer para sua família?
A de Obede-Edom ou de Abinadabe?

Que você com um coração grato por tudo que tem recebido se decida pelo Senhor da arca!

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