Assassinos de filhos: um alerta bíblico para pais cristãos

Assassinos de filhos: um alerta bíblico para pais cristãos

Poucas expressões soam tão duras quanto ouvir: “Você é o assassino do seu filho” .

À primeira vista, o termo parece exagerado, até ofensivo.

Contudo, à luz da Escritura Sagrada e da realidade que vivemos, essa acusação encontra fundamento assustador.

Não estamos falando apenas do aborto no ventre — que já é condenado pela Palavra como derramamento de sangue inocente (Êx 20:13; Sl 139:13-16; Jr 1:5).

Mas também da morte lenta e silenciosa da , do caráter e da vida espiritual de crianças e adolescentes, sufocados diariamente pelo excesso de tecnologia, pelo consumismo desenfreado e pela ausência de discipulado no lar.

A Bíblia sempre tratou a vida com seriedade.

Em Gênesis 2:7 lemos:

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.”

O termo hebraico usado para vida é חַיִּים ( chayyim ) , no plural intensivo, indicando abundância e plenitude.

Deus não deu apenas existência biológica, mas propósito eterno.

Quando pais negligenciam o ensino espiritual, tornam-se cúmplices da morte desse propósito.

Jesus ampliou o conceito de homicídio ao dizer:

“Qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo…” (Mt 5:22).

O verbo grego usado para matar é φονεύω ( phoneúō ) , mas Cristo mostra que a raiz do assassinato está no coração — no ódio, no desprezo, na omissão.

Assim, pais que não alimentam a fé de seus filhos, que os deixam à mercê das ideologias e distrações, são, em essência, assassinos de filhos .

Este Refrigério Teológico tem como objetivo analisar biblicamente essa dura realidade, levantando um alerta profético aos pais cristãos.

Veremos como desculpas cotidianas, omissões espirituais e prioridades distorcidas podem transformar lares em cemitérios de vocações.

Ao longo deste estudo, refletiremos sobre:

  • A omissão espiritual dos pais como raiz do problema (Dt 6:6-7; Ef 6:4);
  • O casamento e a rotina usados como desculpa para negligenciar a fé (Lc 14:18-20; 1Co 7:29);
  • A tecnologia como arma de assassinato espiritual (Sl 101:3; Jo 10:10);
  • O consumismo infantil como ídolo moderno (Is 5:20; Mt 6:21);
  • A responsabilidade sacerdotal dos pais na formação espiritual (Pv 22:6; Ml 2:15);
  • O chamado de Jesus para proteger os pequeninos (Mc 10:14; Mt 18:6).

Assim, compreenderemos que ser pai e mãe não é apenas uma função biológica ou social, mas uma missão sacerdotal e eterna .

Este artigo não é apenas uma denúncia, mas um convite ao arrependimento ( μετανοέω, metanoéō – “mudar a mente, mudar de direção”) e à restauração do altar familiar.

Olá, graça e paz, aqui é o seu irmão em Cristo,  Pr. Francisco Miranda do Teologia24horas, que essa “paz que excede todo entendimento, que é Cristo Jesus, seja o árbitro em nosso coração, nesse dia que se chama hoje…” (Fl 4:7; Cl 3:15).

Quem são os verdadeiros assassinos de filhos?

A Escritura Sagrada não trata a vida de forma superficial ou reducionista.

Desde o princípio, a vida é revelada como dom divino e responsabilidade sagrada.

Em Gênesis 2:7 lemos:

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.”

O termo hebraico usado para vida é חַיִּים ( chayyim ), no plural intensivo, indicando plenitude, abundância e continuidade.

Não se trata apenas de existir biologicamente , mas de viver em relação com Deus e em cumprimento ao propósito eterno para o qual fomos criados.

O sopro divino — נְשָׁמָה ( neshamáh , “alento, fôlego”) — não conferiu apenas respiração, mas identidade espiritual.

Portanto, quando falamos de assassinos de filhos , não nos referimos apenas ao ato físico de tirar a vida, mas à morte lenta do propósito, da identidade em Cristo e da fé.

Jesus, em Mateus 5:21-22, ampliou radicalmente o conceito de homicídio:

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo…”

O verbo grego φονεύω ( phoneúō , “matar, assassinar”) é reinterpretado por Cristo à luz da intenção e do coração.

Assim como o ódio já é semente de homicídio, a omissão e o descuido dos pais podem se tornar sementes de morte espiritual para os filhos.

Os verdadeiros assassinos de filhos não são apenas os que praticam o aborto ou a violência física, mas também aqueles que matam gradualmente o potencial espiritual e moral de seus filhos ao:

Substituir o culto doméstico pelo entretenimento digital

Deus ordenou em Deuteronômio 6:6-7: “Estas palavras… as ensinarás a teus filhos…”

O verbo hebraico שָׁנַן ( shanan , “incutir, afiar, repetir com intensidade”) mostra que a instrução espiritual deveria ser diária e persistente.

Quando o culto no lar é trocado por horas diante de telas, a espada da Palavra é substituída por distrações que embotam o espírito.

Trocar a mesa do banquete espiritual por agendas lotadas de atividades seculares e até as religiosas

Um dos pecados mais sutis da nossa geração é substituir o banquete espiritual que Deus preparou para seus filhos (Sl 23:5) por uma agenda sufocante, repleta de compromissos seculares — e até de atividades religiosas vazias.

Jesus advertiu claramente:

“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará…” (Jo 6:27, ACF).

O termo grego usado aqui para comida é βρῶσις ( brṓsis ), que significa “sustento, alimento para ser consumido”.

Cristo contrasta o alimento que apodrece com o alimento que permanece para sempre — Ele mesmo, o pão da vida (ἄρτος τῆς ζωῆς, ártos tēs zōēs , Jo 6:35).

Entretanto, muitos pais transformam a infância de seus filhos em uma maratona de cursos, esportes, idiomas, competições e até eventos religiosos que não geram discipulado verdadeiro.

A rotina fica lotada, mas a alma permanece vazia.

Moisés já havia advertido em Deuteronômio 8:3 que “o homem não viverá só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor”.

Quando o ensino da Palavra perde prioridade, a família se torna campo fértil para a morte espiritual.

Até mesmo atividades religiosas podem se tornar substitutas enganosas do verdadeiro banquete.

Isaías 29:13 denuncia:

“Este povo se aproxima de mim com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim…”

Pais que enchem seus filhos de compromissos, mas não os ensinam a descansar aos pés de Cristo, correm o risco de criar uma geração de ativistas cansados, mas não de discípulos cheios do Espírito.

Por isso, a pergunta de Jesus em Lucas 10:41-42 ecoa como alerta:

“Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.”

A verdadeira prioridade da família deve ser o banquete espiritual diário, e não uma agenda que alimenta o corpo e a mente, mas deixa a alma desnutrida.

Alimentar mais os desejos consumistas do que a alma com a Palavra de Deus

O apóstolo Paulo afirmou em Romanos 14:17: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”

Pais que ensinam seus filhos a buscar prazer em presentes, festas e status social sem ensinar a buscar primeiro o Reino de Deus (Mt 6:33), tornam-se cúmplices de sua perdição.

Essas atitudes configuram os assassinos de filhos do século XXI: não aqueles que empunham armas, mas os que, com desculpas, distrações e prioridades invertidas, matam a fé, a esperança e a eternidade dos seus filhos.

O perigo da omissão espiritual dos pais

A omissão espiritual é um dos pecados mais letais e silenciosos cometidos dentro dos lares cristãos.

Moisés advertiu Israel sobre a prioridade absoluta de ensinar a Palavra de Deus às próximas gerações:

“E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.” (Dt 6:6-7, ACF).

O termo hebraico traduzido por ensinar é שָׁנַן ( shanan ) , que significa literalmente “incutir com repetição, afiar como uma lâmina”.

A imagem é clara: assim como uma espada precisa ser constantemente afiada para permanecer eficaz, o coração dos filhos precisa ser moldado continuamente pela Palavra.

A ausência desse processo não deixa os filhos neutros, mas vulneráveis.

Pais que negligenciam este chamado tornam-se, mesmo sem perceber, assassinos de filhos .

Não porque tiram suas vidas físicas, mas porque entregam suas mentes e corações ao discipulado do mundo: às telas que embotam a sensibilidade espiritual, às ideologias que deturpam a verdade e às filosofias contrárias ao Evangelho (Cl 2:8).

O Salmo 78:5-7 reforça esse princípio ao declarar que Deus estabeleceu um testemunho em Jacó e ordenou aos pais que fizessem os filhos conhecerem a lei do Senhor, para que as futuras gerações pusessem a sua confiança em Deus e não se esquecessem das suas obras.

A negligência nesse ensino equivale a abrir mão do futuro espiritual da descendência.

Estudos atuais revelam que uma criança passa, em média, sete horas diárias diante de telas digitais , mas menos de quinze minutos em oração ou leitura bíblica com seus pais. Isso confirma a sentença espiritual já denunciada pelos profetas:

“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento…” (Os 4:6, ACF).

O verbo hebraico דָּמָה ( damah ), traduzido por “destruído”, também significa “aniquilado, cortado, silenciado”. Ou seja, a ausência de conhecimento espiritual leva ao colapso da vida e da identidade.

Na perspectiva neotestamentária, Paulo exorta:

“E vós, pais, não provoqueis à ira os vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” (Ef 6:4, ACF).

O termo grego παιδεία ( paideía ) traduzido como disciplina significa “educação integral que forma caráter, mente e espírito”.

Quando os pais abrem mão dessa responsabilidade, entregam seus filhos às mãos de sistemas que não reconhecem a Cristo como Senhor, tornando-se, portanto, assassinos de filhos espirituais.

Assim, a omissão não é apenas uma falha pedagógica, mas um crime espiritual.

Uma geração alimentada pelas telas e esquecida nos altares vazios dos lares está sendo silenciosamente sacrificada — não a Moloque em altares de fogo, mas ao ídolo moderno do entretenimento e da indiferença espiritual.

Assassinos de filhos e a desculpa do casamento ou da rotina

Muitos pais cristãos, diante das responsabilidades familiares, repetem desculpas perigosas: “Não posso servir na Igreja porque casei” ou “meu filho nasceu, então não consigo mais estar presente” .

Essas justificativas revelam uma inversão de valores espirituais, pois transferem para a família a culpa da própria negligência com Deus.

Jesus já havia advertido em Lucas 14:18-20 que muitos rejeitam o convite ao banquete do Reino usando exatamente tais desculpas: um se ausentou por causa de negócios, outro por causa da lavoura, e outro por ter acabado de casar.

O problema não estava no casamento ou no trabalho em si, mas no fato de terem se tornado ídolos que substituíram o lugar da prioridade de Deus.

O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 7:29, declara com urgência:

“O tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não as tivessem…”

Aqui, o termo grego καιρός ( kairós , “tempo oportuno, decisivo”) mostra que Paulo não está anulando o valor do casamento, mas chamando a atenção para o caráter provisório das realidades terrenas diante da missão eterna.

O casamento deve ser vivido com responsabilidade, mas sem apagar a chama da vocação espiritual.

Quando pais usam o matrimônio ou a criação dos filhos como desculpa para se afastar da fé, tornam-se assassinos de filhos , porque ensinam com o próprio exemplo que Deus pode ser facilmente colocado em segundo plano.

Os filhos aprendem mais pelas atitudes dos pais do que pelas palavras (Pv 20:7).

O rei Salomão alerta em Eclesiastes 1:14 que todas as ocupações debaixo do sol, quando absolutizadas, são “vaidade” — do hebraico הֶבֶל ( hevel , “vapor, fumaça passageira”).

Quando a rotina e a família se tornam pretexto para abandonar o altar, a vida espiritual da casa se transforma em fumaça que se dissipa, deixando os filhos sem fundamento eterno.

Jesus foi ainda mais direto em Mateus 10:37:

“Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.”

O verbo usado aqui para amar é φιλέω ( philéō ), que expressa afeição intensa.

Cristo não condena o amor familiar, mas denuncia quando esse amor se torna desordenado, substituindo a devoção exclusiva a Deus.

Assim, pais que justificam sua omissão espiritual usando o casamento ou a rotina diária como desculpa não apenas se afastam de Deus, mas dão aos filhos uma herança de idolatria prática.

Eles se tornam, em essência, assassinos de filhos , porque ensinam, sem palavras, que a fé é descartável diante das demandas da vida.

O celular como arma de assassinato espiritual

Jesus declarou de forma categórica:

“O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (Jo 10:10, ACF).

O contraste é direto. O termo grego para vida aqui é ζωή ( zoē ) , indicando não apenas a existência biológica, mas a plenitude da vida espiritual em comunhão com Deus.

Em oposição, o verbo usado para matar é θύω ( thyō ) , que também carrega a ideia de “sacrificar” — como se o inimigo estivesse transformando vidas em oferendas em altares profanos.

Na contemporaneidade, esse ladrão encontra novas portas de entrada: as telas dos celulares, tablets, computadores e videogames.

O que antes era apenas uma ferramenta, agora se transformou em um canal de discipulado do mundo.

Por meio delas, o inimigo rouba a infância inocente, mata a criatividade dada por Deus e destrói a capacidade de relacionamento humano e espiritual.

O salmista já havia advertido:

“Não porei coisa má diante dos meus olhos…” (Sl 101:3, ACF).

O termo hebraico usado aqui para coisa má é דְּבַר בְּלִיַּעַל ( devar beliyya‘al ) , que significa literalmente “palavra/assunto de perversidade, inutilidade, destruição”.

Quando pais entregam os olhos e a mente dos filhos a conteúdos digitais sem qualquer filtro, tornam-se cúmplices do mesmo espírito de Belial, permitindo que a maldade habite em seus lares.

O problema não está na tecnologia em si — pois toda boa dádiva procede de Deus (Tg 1:17) e os avanços podem ser usados para o bem — mas na negligência dos pais em estabelecer limites, orientar e vigiar.

O apóstolo Paulo advertiu:

“Não deis lugar ao diabo.” (Ef 4:27, ACF).

O termo grego τόπος ( tópos ) significa “espaço, território, oportunidade”.

Cada vez que uma criança é deixada sozinha por horas diante de uma tela, abre-se um espaço para que o inimigo semeie vaidade, imoralidade, incredulidade e rebeldia.

Estudos recentes comprovam que o uso excessivo de telas prejudica o desenvolvimento cognitivo, diminui a atenção e aumenta a ansiedade.

Mas, além dos efeitos psicológicos, há um impacto espiritual ainda mais profundo: mentes distraídas não conseguem ouvir a voz de Deus.

Pais que entregam seus filhos sem filtro algum à tecnologia estão, portanto, agindo como assassinos de filhos .

Não no sentido físico, mas no espiritual, pois estão matando lentamente o coração, o espírito e a mente que deveriam ser formados à imagem de Cristo (Rm 12:2; Cl 3:10).

A advertência de Provérbios 4:23 continua ecoando como princípio eterno:

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.”

O termo hebraico para guardar é נָצַר ( natsar ) , que significa “vigiar com zelo, proteger como um tesouro”.

Deixar de vigiar o coração dos filhos diante da avalanche digital é abrir mão do tesouro mais precioso: a vida espiritual deles.

Assim, o celular, que poderia ser um instrumento de edificação, torna-se nas mãos negligentes uma verdadeira arma de assassinato espiritual.

Como transformar a tecnologia em instrumento de vida

A Bíblia não apenas denuncia o perigo, mas também oferece caminhos de restauração.

Se o celular e as telas têm sido usados como armas do inimigo para roubar e matar, cabe aos pais retomar a autoridade espiritual em seus lares.

Aqui estão passos práticos e bíblicos:

Estabeleça limites claros (Ef 5:15-16)

“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo…”

A palavra grega ἐξαγοράζω ( exagorázō ), traduzida como remir , significa “comprar de volta, resgatar das mãos do inimigo”.

Definir horários específicos para o uso de telas é resgatar o tempo roubado pela distração e consagrá-lo ao Senhor.

  • Estabeleça horários sem tecnologia (como as refeições em família).
  • Priorize momentos de leitura bíblica e oração antes do acesso a telas.

Introduza o jejum digital (Dn 1:8)

Daniel decidiu não se contaminar com os manjares do rei (Dn 1:8).

A palavra hebraica *גָּאַל ( ga’al ) significa “poluir, profanar”.

Da mesma forma, pais podem ensinar seus filhos a praticar períodos de abstinência digital para purificação espiritual.

  • Escolha um dia ou parte do dia para desligar celulares e investir em oração, leitura bíblica, louvor ou conversa familiar.
  • Mostre que a verdadeira satisfação não vem da tela, mas do encontro com Deus (Sl 16:11).

Culto doméstico como prioridade (Dt 6:6-7)

O ensino contínuo da Palavra deve ocupar o lugar central no lar.

O termo שָׁנַן (shanan) , “incutir, afiar”, revela que o discipulado familiar precisa ser repetitivo e intencional.

  • Transforme o lar em um pequeno templo, onde a Bíblia é lida diariamente.
  • Ore com os filhos, ensinando-os a interceder e agradecer.
  • Use até a tecnologia de forma positiva (louvores, mensagens bíblicas, documentários cristãos).

Seja exemplo vivo (Pv 20:7)

“O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele.”

A palavra hebraica תֹּם (tom) significa “integridade, inteireza de coração”.

Os filhos observam mais os exemplos dos pais do que suas palavras.

Se os pais são escravizados pelo celular, os filhos seguirão o mesmo padrão.

  • Diminua seu próprio tempo de tela diante deles.
  • Mostre na prática como priorizar o Reino de Deus (Mt 6:33).

Encha a mente com o que edifica (Fp 4:8)

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto… nisso pensai.”

O termo grego λογίζεσθε ( logízesthe ) significa “calcular, considerar, meditar constantemente”.

Os pais devem ajudar os filhos a escolher conteúdos que edificam, em vez de apenas proibir.

  • Indique músicas cristãs, canais educativos e histórias bíblicas.
  • Participe ativamente do que eles assistem, comentando à luz da fé.

Ore pela mente e coração dos filhos (1Sm 1:27-28)

Ana consagrou Samuel ao Senhor desde o ventre.

A palavra hebraica שָׁאַל (sha’al) , usada para “pedir” e dar nome a Samuel, revela que os filhos são resposta de oração e devem ser devolvidos a Deus.

  • Ore diariamente impondo as mãos sobre seus filhos.
  • Declare que seus olhos, ouvidos e coração pertencem ao Senhor.

Se o celular tem sido uma arma de assassinato espiritual , a Palavra de Deus nos chama a transformar a tecnologia em ferramenta de edificação.

Pais que vigiam, ensinam, jejuam, dão exemplo e oram não serão contados entre os assassinos de filhos , mas entre os que geram herdeiros da promessa (Sl 127:3-4).

Assassinos de filhos: a responsabilidade da formação espiritual

O livro de Provérbios, em sua sabedoria prática e inspirada, estabelece um dos princípios mais solenes da vida familiar:

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” (Pv 22:6, ACF).

O verbo hebraico usado para instruir é חָנַךְ ( chanak ) , que significa “dedicar, inaugurar, consagrar”.

Esse mesmo termo era utilizado para descrever a dedicação de casas (Dt 20:5) e do templo (1Rs 8:63).

Isso revela que educar filhos não é apenas transmitir informações, mas um ato sacerdotal de consagração ao Senhor .

Cada ensino, cada oração e cada exemplo são tijolos espirituais que inauguram o caminho da fé na vida da criança.

Negligenciar esse papel sacerdotal é tornar-se, mesmo inconscientemente, assassinos de filhos .

Não porque lhes tirem a vida biológica, mas porque entregam sua formação moral e espiritual ao discipulado do mundo. Paulo adverte em Efésios 6:4:

“E vós, pais, não provoqueis à ira os vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.”

Aqui, os termos gregos são profundos: παιδεία ( paideía ) , traduzido como disciplina , significa “educação integral que molda caráter, mente e espírito”; e νουθεσία ( nouthesía ) , traduzido como admoestação , significa “colocar entendimento na mente através da advertência”.

Isso mostra que a formação espiritual exige tanto correção quanto instrução positiva.

Quando os pais falham nesse chamado, terceirizando a educação espiritual para a escola, para a igreja ou para a sociedade, tornam-se assassinos de filhos .

A responsabilidade primária da formação espiritual está no lar, não fora dele.

O Shemá (Dt 6:4-7) ordena que a Palavra seja ensinada continuamente, em todos os momentos da rotina familiar.

Além disso, a desculpa comum de que a universidade ou a cultura progressista desviaram os jovens é, na verdade, uma transferência de culpa.

Jesus já havia alertado na parábola do semeador (Mt 13:18-23) que a semente que não cria raízes profundas facilmente se perde diante da perseguição ou das preocupações do mundo.

Se os filhos não foram enraizados na fé em casa, não é a universidade que os desviou, mas a omissão dos pais que nunca os colocaram no caminho.

O profeta Malaquias também recorda que um dos propósitos do casamento é a formação de filhos piedosos:

“E não fez ele somente um, ainda que lhe sobejava o espírito? E por que somente um? Ele buscava uma descendência piedosa…” (Ml 2:15, ACF).

A expressão hebraica זֶרַע אֱלֹהִים ( zera Elohim ) significa “semente de Deus”.

Pais são chamados a gerar e cultivar filhos que sejam herança e semente santa, não apenas cidadãos comuns moldados pelo espírito da época.

Portanto, a formação espiritual dos filhos é uma missão intransferível.

Quando os pais falham em consagrar e instruir, tornam-se assassinos de filhos , porque matam a oportunidade de vê-los florescer como servos fiéis do Senhor.

Assassinos de filhos e o consumismo infantil

O profeta Isaías levantou a voz em um dos mais fortes ais da Escritura:

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Is 5:20, ACF).

O termo hebraico usado para ai é הוֹי ( hôy ) , uma interjeição de lamento e juízo, equivalente a um gemido profético diante da perversão da ordem divina.

Essa inversão de valores descrita por Isaías ecoa fortemente em nossa geração, marcada pelo consumismo infantil .

Vivemos dias em que aniversários deixaram de ser momentos de gratidão e se transformaram em vitrines de ostentação; “chás revelação” se tornaram espetáculos de status social; e crianças crescem acreditando que seu valor está no acúmulo de presentes, marcas e experiências compráveis, e não em sua identidade como filhos de Deus.

O problema do consumismo não é apenas econômico, mas profundamente espiritual. Jesus advertiu:

“Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Mt 6:21, ACF).

O termo grego usado para tesouro é θησαυρός ( thēsaurós ) , que designa um depósito de riquezas.

Quando os pais ensinam, mesmo sem palavras, que o valor dos filhos está em “tesouros perecíveis” (1Pe 1:18), eles deslocam o coração da criança de Cristo para as coisas do mundo, tornando-se, assim, assassinos de filhos .

O consumismo mata virtudes essenciais:

  • Mata a gratidão. Em vez de agradecer pelo pouco, as crianças aprendem a exigir sempre mais, contrariando 1Ts 5:18: “Em tudo dai graças” .
  • Mata a humildade. Em lugar da simplicidade recomendada por Jesus em Mt 18:3-4 — “se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus” — o consumismo gera orgulho e vaidade.
  • Mata a espiritualidade. Paulo advertiu em Cl 3:2: “Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” . Quando a mente infantil é treinada a buscar sempre “as coisas de baixo”, o interesse pelas coisas celestiais é sufocado.

Além disso, o consumismo infantil perpetua a idolatria moderna.

Colossenses 3:5 declara: “A avareza é idolatria” .

O termo grego πλεονεξία ( pleonexía ) significa “desejo insaciável de ter sempre mais”. Essa avareza, quando cultivada na infância, transforma-se em prisão espiritual na vida adulta.

Pais que alimentam esse ciclo de consumismo, em vez de formar nos filhos um coração segundo Deus, estão na verdade formando servos de Mamom (Mt 6:24).

Tornam-se, assim, assassinos de filhos , porque minam desde cedo os alicerces da gratidão, da humildade e da piedade.

A advertência de Jeremias 9:23-24 continua atual:

“Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força, nem o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor…”

Exemplos bíblicos de consumismo e suas consequências

A Palavra de Deus não apenas denuncia o consumismo em termos abstratos, mas mostra personagens que, movidos pela ganância e pela busca insaciável por posses, se tornaram exemplos trágicos de queda espiritual. Esses relatos servem de alerta para os pais que, ao alimentar o consumismo infantil, podem estar criando futuros assassinos de filhos de si mesmos e de outros.

Acã e o pecado da cobiça (Js 7:20-21)

Acã confessou:

“Vendo eu entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro… cobicei-os, e tomei-os…”

O termo hebraico usado para cobiçar é חָמַד ( chamad ) , que significa “desejar intensamente, ansiar, se deixar seduzir”.

Esse mesmo verbo é usado no décimo mandamento: “Não cobiçarás…” (Êx 20:17).

A cobiça de Acã não afetou apenas a si mesmo, mas trouxe derrota sobre todo o povo de Israel.

Da mesma forma, o consumismo de uma criança mal disciplinada pode se tornar maldição coletiva para a família.

Geazi e a lepra da ganância (2Rs 5:20-27)

Geazi, servo do profeta Eliseu, correu atrás de Naamã para pedir presentes que Eliseu havia recusado.

Sua ganância resultou em juízo:

“Portanto a lepra de Naamã se apegará a ti e à tua descendência para sempre.” (2Rs 5:27).

A palavra hebraica usada para correr (רוּץ, ruts ) indica urgência, pressa.

O consumismo sempre gera uma corrida desenfreada atrás do ter, em vez de confiar no ser diante de Deus.

O resultado de Geazi foi a lepra — símbolo de corrupção espiritual que se transmite às gerações. Pais que incentivam o consumismo estão correndo o risco de transmitir “lepra espiritual” a seus filhos.

O jovem rico e a idolatria das riquezas (Mt 19:21-22)

Jesus disse ao jovem rico:

“Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me. E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.”

O termo grego usado para triste é λυπούμενος ( lypoúmenos ) , que indica “profundamente angustiado, ferido por dentro”.

O jovem não perdeu bens, mas perdeu a oportunidade de seguir o próprio Cristo, porque estava aprisionado ao consumismo.

Esse é o mesmo espírito que muitos pais cultivam em seus filhos quando os ensinam a valorizar presentes mais do que a presença de Deus, status mais do que serviço, e posses mais do que a piedade.

Assim como Acã foi derrotado pela cobiça, Geazi foi contaminado pela lepra da ganância e o jovem rico perdeu a oportunidade da vida eterna, pais que alimentam o consumismo infantil estão criando filhos vulneráveis às mesmas armadilhas.

Jesus advertiu em Lucas 12:15:

“Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.”

Pais que ignoram esse mandamento se tornam assassinos de filhos , não porque lhes negam brinquedos ou festas, mas porque lhes roubam a chance de aprender contentamento, humildade e dependência de Deus.

Assassinos de filhos e o desvio na universidade

Um dos maiores dramas espirituais da atualidade acontece quando jovens que cresceram dentro das igrejas, ao chegarem à universidade, abandonam a fé cristã.

Estatísticas mostram que mais de 60% dos adolescentes que frequentavam a igreja deixam de participar ativamente quando entram no ambiente acadêmico.

Muitos pais culpam a faculdade, os professores progressistas, o feminismo ou a ideologia de gênero.

Mas a verdade é que os assassinos de filhos já atuaram antes, dentro de casa.

O problema não está na universidade em si — afinal, o conhecimento é dádiva de Deus (Dn 1:17; Tg 1:5) — mas na falta de preparo espiritual e apologético que os pais deveriam ter dado aos filhos.

  • Quando não se ensina a cosmovisão bíblica, os filhos abraçam cosmovisões seculares.
  • Quando não se forma identidade em Cristo, os filhos aceitam identidades impostas por ideologias.
  • Quando não se explica o valor da criação de Deus para homem e mulher, o feminismo radical e a ideologia de gênero oferecem respostas sedutoras.
  • Quando a Bíblia não é apresentada como autoridade final, qualquer filósofo ou movimento anticristão ganha espaço.

Pais que falham nesse preparo são assassinos de filhos , pois não entregam a eles as ferramentas espirituais necessárias para enfrentar os embates da fé.

O apóstolo Pedro advertiu:

“Estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós.” (1Pe 3:15, ACF).

O termo grego ἀπολογία ( apología ) significa “defesa fundamentada”.

Jovens que chegam à universidade sem essa preparação são como soldados sem armas em campo de batalha.

O resultado inevitável é o desvio, não porque a fé não seja suficiente, mas porque foram assassinados espiritualmente em casa antes mesmo de entrar no campus.

Assim, os pais que não discipulam seus filhos desde cedo tornam-se assassinos de filhos , culpados não pelo que os professores ensinam, mas pelo que deixaram de ensinar.

A mensagem de Jesus contra os assassinos de filhos

Cristo sempre tratou a vida com absoluta seriedade, pois Ele mesmo é a vida (ζωή, zoē – Jo 14:6), não apenas no sentido biológico, mas como plenitude de existência em comunhão com Deus.

Por isso, Suas palavras em relação às crianças revelam tanto Seu amor quanto Seu juízo:

“Deixai vir a mim os pequeninos, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus.” (Mc 10:14, ACF).

O termo grego usado para impedir é κωλύω ( kōlýō ) , que significa “restringir, proibir, dificultar o acesso”.

Jesus denuncia, assim, não apenas os que afastam as crianças fisicamente de sua presença, mas todos aqueles que criam barreiras espirituais, emocionais ou culturais que as impedem de chegar a Ele.

Pais que, por agendas lotadas, preguiça espiritual ou idolatria tecnológica, não conduzem seus filhos ao Mestre, estão agindo como verdadeiros assassinos de filhos .

Eles não matam com espada, mas com omissão; não derramam sangue, mas sufocam o futuro espiritual da descendência.

A gravidade dessa atitude é reforçada em Mateus 18:6:

“Qualquer, porém, que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de atafona, e se submergisse na profundeza do mar.”

O verbo grego σκανδαλίζω ( skandalízō ), traduzido como escandalizar , significa “fazer tropeçar, colocar uma armadilha no caminho”.

Impedir uma criança de conhecer a Cristo, seja por negligência, seja por maus exemplos, é colocar tropeços que podem levá-la à morte espiritual.

Esse padrão não é novo. Assim como Herodes, em sua fúria, tentou matar o menino Jesus (Mt 2:16), muitos pais hoje repetem inconscientemente o espírito herodiano: não com violência explícita, mas com indiferença, descuido e omissão.

Herodes via em Cristo uma ameaça ao seu trono; pais que escolhem o conforto, a tecnologia ou o consumismo como prioridade veem, muitas vezes sem perceber, Jesus como um “estorvo” à sua rotina — e sacrificam os filhos em altares modernos.

O profeta Jeremias condenou essa prática em sua época:

“Edificaram os altos de Tofete… para queimarem a seus filhos e a suas filhas no fogo; o que nunca ordenei, nem me subiu ao coração.” (Jr 7:31).

Se antes crianças eram oferecidas a Moloque nas chamas de Tofete, hoje são oferecidas ao fogo do entretenimento, da ideologia e da indiferença espiritual.

O resultado é o mesmo: pais tornam-se assassinos de filhos ao não protegê-los espiritualmente e ao não entregá-los ao Senhor.

Jesus, porém, chama os pequeninos para Si e declara que deles é o Reino dos Céus (Mt 19:14).

Ele os valoriza, os abençoa e os coloca como modelo de humildade e dependência (Mt 18:3-4).

Pais que impedem esse acesso estão, na prática, se levantando contra a própria mensagem de Cristo.

Portanto, a mensagem de Jesus contra os assassinos de filhos é clara e urgente: conduzi-los a Cristo é prioridade absoluta, e omitir-se dessa responsabilidade é carregar culpa de sangue espiritual diante de Deus.

Como deixar de ser assassinos de filhos?

A boa notícia do Evangelho é que mesmo pais que, consciente ou inconscientemente, têm agido como assassinos de filhos , podem encontrar restauração em Cristo.

O Deus que condena a negligência também oferece graça para reconstruir lares e reerguer altares.

A transformação exige passos concretos, fundamentados na Palavra:

Retomar o altar familiar

A oração em família é o maior antídoto contra a frieza espiritual. Josué declarou:

“Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24:15).

O termo hebraico ‘ābad (עָבַד) traduzido como servir significa “adorar, cultuar, render-se em devoção”.

O altar familiar é o lugar onde pais e filhos se rendem juntos diante do Senhor.

Famílias que oram juntas aprendem a depender de Deus e não de entretenimentos passageiros.

Discipulado intencional

Ensinar, corrigir e orientar na Palavra deve ser uma prática diária.

Em Deuteronômio 6:7, Moisés ordena que os mandamentos de Deus sejam ensinados aos filhos em todo tempo.

O termo hebraico shānán (שָׁנַן) significa “afiar, incutir, repetir intensamente”.

Isso mostra que discipulado não é algo ocasional, mas constante.

Paulo reforça esse princípio ao lembrar Timóteo da fé recebida de sua avó Loide e de sua mãe Eunice (2Tm 1:5). A transmissão da fé é intencional e diária.

Limites na tecnologia

O salmista declarou:

“Não porei coisa má diante dos meus olhos.” (Sl 101:3).

O termo hebraico beliyya‘al (בְּלִיַּעַל), traduzido como mau , significa “inútil, corrupto, destrutivo”.

Estabelecer horários claros e atividades alternativas é vigiar para que os olhos dos filhos não sejam dominados pela vaidade.

Paulo exorta em Efésios 5:16 a “remir o tempo” ( exagorazō , ἐξαγοράζω, “comprar de volta”), mostrando que cabe aos pais resgatar o tempo perdido diante das telas e transformá-lo em oportunidades de edificação.

Exemplo de prioridade

Mais do que palavras, o testemunho dos pais é decisivo. Jesus ensinou:

“Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça…” (Mt 6:33).

O verbo grego zēteō (ζητέω) significa “procurar com intensidade, desejar acima de tudo”.

Quando os filhos veem seus pais colocando o Reino em primeiro lugar — acima da carreira, do lazer e do consumismo — aprendem que Deus é digno de total prioridade. O justo deixa herança espiritual a seus filhos (Pv 20:7).

Arrependimento genuíno

Nenhum pai é perfeito, mas todo pai pode se arrepender.

Neemias confessou os pecados de sua geração, incluindo os de seus pais:

“Confesso os pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa de meu pai pecamos.” (Ne 1:6).

O termo hebraico nācham (נָחַם), para arrependimento, significa “ser consolado, mudar de mente e de rumo”.

Pais que reconhecem seus erros, pedem perdão a Deus e aos filhos e reconstroem suas práticas espirituais deixam de ser assassinos de filhos e passam a ser restauradores de gerações (Is 58:12).

Pais que seguem esses passos deixam de ser assassinos de filhos para se tornarem guardiões da vida , sentinelas espirituais que protegem, alimentam e conduzem sua descendência no caminho da eternidade.

O chamado bíblico é claro:

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.” (Pv 4:23).

Guardar o coração dos filhos é missão sacerdotal dos pais.

E somente aqueles que retomam o altar, praticam discipulado intencional, limitam as distrações, dão exemplo de prioridade e vivem em arrependimento serão lembrados como pais que geraram vida, e não como assassinos de filhos .

Conclusão

Este Refrigério Teológico revelou que os assassinos de filhos não são apenas aqueles que praticam o aborto no ventre materno, mas também os pais e mães que, por omissão, desculpas ou prioridades invertidas, matam lentamente a fé, a esperança e o futuro espiritual de seus filhos.

Exploramos como a omissão espiritual transforma lares em desertos sem altar (Dt 6:6-7), como o casamento e a rotina têm sido usados como desculpas para negligenciar a missão (1Co 7:29), como a tecnologia mal administrada se torna arma de assassinato espiritual (Sl 101:3), como o consumismo infantil sufoca a gratidão e a humildade (Mt 6:21; Cl 3:5) e como a falta de discipulado intencional abre espaço para que ideologias seculares dominem mentes jovens (Cl 2:8).

Jesus foi categórico ao declarar:

“Qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que lhe pendurasse ao pescoço uma mó de atafona, e se submergisse na profundeza do mar.” (Mt 18:6, ACF).

O verbo grego σκανδαλίζω ( skandalízō ), traduzido como escandalizar , significa “colocar tropeço, induzir ao pecado”.

Isso mostra a seriedade do chamado: impedir os filhos de verem Cristo por meio da indiferença ou da má influência é crime espiritual diante do Céu.

A responsabilidade dos pais é sacerdotal.

O verbo hebraico חָנַךְ ( chanak ) , usado em Provérbios 22:6 para instruir , significa “dedicar, inaugurar, consagrar”.

Assim, cada filho deve ser consagrado como um templo vivo ao Senhor.

Quando isso não acontece, os pais deixam de ser guardiões da vida para se tornarem assassinos de filhos .

Mas há esperança. A Palavra nos convida ao arrependimento, como Neemias que confessou os pecados de sua geração (Ne 1:6) e como Pedro que, mesmo tendo negado o Mestre, foi restaurado para apascentar os cordeiros de Cristo (Jo 21:15-17).

O verbo grego μετανοέω ( metanoéō ), “arrepender-se”, significa literalmente “mudar de mente e de direção”.

Esse é o chamado aos pais hoje: abandonar a negligência e assumir o sacerdócio familiar.

Se este alerta atingiu sua consciência, não endureça o coração (Hb 3:15).

Arrependa-se hoje. Retome o altar doméstico, restaure o discipulado intencional, estabeleça limites santos, viva pelo exemplo e consagre sua descendência ao Senhor.

Não seja contado entre os assassinos de filhos , mas entre aqueles que geram vida, discipulado e uma herança espiritual eterna (Sl 127:3-4).

Que sua família seja lembrada como geração bendita do Senhor (Is 61:9), edificada sobre a Rocha (Mt 7:24-25) e preservada para a glória de Cristo.

Se este Refrigério Teológico sobre os assassinos de filhos falou ao seu coração, não o guarde apenas para si.

Compartilhe esta mensagem — alguém próximo pode estar precisando exatamente deste alerta para despertar, arrepender-se e restaurar o altar da família diante de Deus.

Você tem separado tempo para instruir seus filhos no caminho do Senhor (Pv 22:6), consagrando-os diariamente ao Deus da aliança (Dt 6:6-7)?

Tem se permitido ser um instrumento de vida e esperança, ajudando sua casa a não se perder nas distorções da cultura moderna, mas a permanecer firme na verdade da Palavra (Js 24:15; Ef 6:4)?

Está disposto(a) a abandonar desculpas superficiais (Lc 14:18-20), vigiar contra os ídolos da tecnologia e do consumismo (Sl 101:3; Mt 6:21), e viver como sacerdote do lar, conduzindo seus filhos a Cristo (Mc 10:14; Mt 18:6)?

Não caminhe sozinho(a)!

Junte-se ao Teologia24horas — uma rede global de discípulos, obreiros e apaixonados pela Palavra de Deus espalhados pelo Brasil e pelo mundo.

Aqui você encontrará:

  • ✅ Ensino bíblico sólido e acessível
  • ✅ Acompanhamento pastoral e teológico
  • ✅ Cursos 100% online com certificação
  • ✅ Plataforma completa para estudar no seu ritmo

📲 Clique aqui para baixar gratuitamente nosso aplicativo e comece hoje mesmo sua jornada de crescimento espiritual.

Vamos juntos levantar famílias fortes, deixar de ser assassinos de filhos e nos tornar guardiões da vida , edificando lares no padrão divino, para que nossas casas sejam lembradas como gerações benditas do Senhor (Is 61:9; Sl 127:3-4).

#RefrigérioTeológico #AssassinosDeFilhos #FamíliasNoAltar #Chamado #Missão #SacerdócioDoLar #Teologia24horas

Instale o Aplicativo Teologia24horas agora! Baixe gratuitamente o nosso app no seu smartphone, disponível para iOS e Android. É simples e fácil: abra a loja de aplicativos no seu celular, pesquise por Teologia24horas, instale o app, faça sua inscrição e torne-se membro da nossa comunidade teológica. Descubra funcionalidades incríveis e vantagens exclusivas, tudo isso na palma da sua mão. Comece agora mesmo a transformar sua experiência teológica!

Artigos relacionados

Faça o seu comentário...