Cuidado com os moabitas

Cuidado com os moabitas

Moabe, nome dado a um dos filhos de Ló com sua filha primogênita (Gn 19:37). Eles eram parentes próximos dos israelitas, porém em muitas ocasiões os moabitas aparecem na Bíblia como inimigos do povo de Deus.

Sua terra compreendia a região fértil e bem regada dos planaltos que se estendem a leste do mar Morto, região chamada atualmente de Transjordânia, onde Ló passou a viver depois da destruição de Sodoma.

Olá, graça e paz, aqui é o seu irmão em Cristo, Pr. Francisco Miranda do Teologia24horas, que essa “paz que excede todo entendimento, que é Cristo Jesus, seja o árbitro em nosso coração, nesse dia que se chama hoje…” (Fl 4:7; Cl 3:15).

Quem foi Moabe na Bíblia

Ló, que era sobrinho de Abraão, foi enganado por suas duas filhas que desejavam preservar sua descendência. Além de Moabe, Ló também foi pai de Ben-Ami, o pai dos amonitas, através de outra relação incestuosa com sua filha mais nova (Gn 19:38).

Esse comportamento imoral das filhas de Ló mais tarde também foi refletido na imoralidade que teve lugar entre os filhos de Israel com as filhas de Moabe (Números 25).

A partir do texto de Gênesis 19, todas as outras vezes em que o nome Moabe aparece na Bíblia, ele não se refere a uma pessoa em particular. Esse nome é utilizado para designar o território e o povo de Moabe, isto é, os moabitas.

A terra de Moabe

Moabe ficava num planalto a leste do Mar Morto, cerca de 1000 metros acima do nível do mar. A região de Moabe era bem favorável a produção agrícola. Em Moabe eram produzidos especialmente grãos, cereais e uvas. A criação de ovelhas era outra atividade importante na economia de Moabe.

A dimensão da terra de Moabe variou de acordo com o momento histórico-político de seu povo. No geral, a fronteira sul de Moabe encontrava o vale de Zerede, e a fronteira norte ia desde o rio Arnom até alcançar em alguns períodos um limite incerto.

Muito provavelmente aquela região foi habitada desde muito cedo, e os descendentes de Moabe se estabeleceram ali e se misturaram com o povo local através do casamento. Com o tempo, eles se tornaram o povo dominante daquela região, e por isto seu nome serviu para designar toda a população e o próprio território.

Moabe era um reino bem organizado que possuía uma economia estruturada e grandes construções. Além disso, pequenas fortalezas ficavam posicionadas em pontos estratégicos de suas fronteiras. A Bíblia Sagrada menciona várias vilas e cidades moabitas (cf. Números 21:15-20; 32:3; Josué 13:17-20; Isaías 15-16; Jeremias 48:20 etc…).

O povo moabita

Os moabitas durante muito tempo experimentaram certa prosperidade. Eles conseguiram se espalhar pelo planalto e ainda conquistar vários povos expandindo-se ao norte. Os moabitas também aparecem em intima associação com os amonitas, seus parentes mais próximos.

Quando ocorreu o êxodo do povo de Israel do Egito, os moabitas já eram designados como um povo poderoso (Êxodo 15:15). A religião dos moabitas se assemelhava ao paganismo cananeu. Eles praticavam vários rituais impuros em seus cultos de celebração à natureza e à fertilidade.

Eles eram devotos de Astarte, deusa da fertilidade, Baal-Peor e outras divindades pagãs (cf. Números 25:16). Mas parece que dentre todas as divindades cultuadas pelos moabitas, Quemos era a principal. O deus da guerra Quemos sem dúvida era a divindade nacional dos moabitas. Eles ofereciam sacrifícios de ovelhas e bois (Números 22:40-23:2; 25:1-3). Além disso, eles também praticavam sacrifícios humanos em oferendas ao seu deus (II Reis 3:27).

Os moabitas e o povo de Israel

Quando o povo de Israel peregrinava pelo deserto vindo do Egito, rumo à terra prometida – terra de Canaã – numa certa ocasião acampou-se nas Campinas de Moabe; nas proximidades de Jericó, (Nm 22:1).

Por conta disso, os moabitas tiveram grande medo dos israelitas, (Nm 22:3); e não deixaram que eles passassem por suas terras. (Jz 11:17).

Essa atitude deixou os israelitas irritados; porém, Deus proibiu que eles, (os israelitas), os molestassem, (Dt 2:9), entendemos que foi por respeito a Abraão de quem os moabitas, também eram descendentes.

Mas os moabitas, assim como também os amonitas, foram duramente reprovados por Deus por terem se levantado contra Israel (Deuteronômio 23:3-6).

Eles não foram hospitaleiros com os israelitas quando saíram do Egito. Além disso, Balaque, o rei moabita, ainda contratou o falso profeta Balaão para amaldiçoar o povo de Israel (Números 22-24).

Quando os israelitas acamparam nas planícies de Moabe antes de atravessarem o Jordão, eles se envolveram de forma imoral com as mulheres moabitas e midianitas e participaram de sua idolatria (Números 25).

Por tudo isso foi ordenado que eles fossem excluídos da congregação de Israel (Deuteronômio 23:3-6; Neemias 13:1), Deus orientou aos israelitas para não permitir que os moabitas entrassem nas suas assembleias, nem ainda a sua décima geração.

Todavia, os moabitas, eram estrategistas, sagazes, cheios de astutas ciladas, além de serem propícios ao suborno.

Balaque, rei dos moabitas que, alugou – ou melhor –, subornou com uma pequena quantia de dinheiro, um certo profeta de sua nação, chamado Balaão; que embora tenha conhecido a Deus como o verdadeiro Deus, praticava adivinhações; uma prática abominada por Deus e não aceita pelos filhos de Israel.

Entretanto, esse tal de Balaão, face a sua tendência corrompida, poderia ser alugado ou subornado por uma pequena quantia de dinheiro para perverter o povo de Israel com suas práticas imorais. Pedro, por exemplo, disse que o tal profeta Balaão, amou o prêmio da iniquidade.

“Os quais – os homens carnais – deixando o caminho direito, erram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça. Mas teve a repreensão de sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta” (II Pe 2:15-16).

Balaão já subornado e orientado pelo seu rei Balaque, rumou em direção ao acampamento dos filhos de Israel, para proferir sua maldição.

Deus, todavia, desaprovando sua atitude, enviou um anjo para se portar à beira do caminho sendo visto a princípio pela jumenta, o transporte de Balaão, e, depois, por ele mesmo, a fim de desarmar o falso profeta das ideias de amaldiçoar o povo a mando de Balaque o seu rei.

Isso fez com que Balaão, até confessasse admiração pelo Senhor, e ensinou aos moabitas pagãos sobre o caráter de Deus – (Nm 23:18-24).

Após o encontro de Balaão com Deus, quando o Anjo do Senhor apareceu-lhe no caminho, sendo visto pelo animal, (sua jumenta) e posteriormente por ele próprio, desarmou-se de amaldiçoar o povo e até proferiu palavra de benção para Israel.

Mas, infelizmente, o seu encontro com o verdadeiro Deus, não fez diferença em sua ambição, o que tomou a decisão de insinuar as mulheres moabitas, a prostituir-se com os filhos de Israel, não atentando para o perigo que estava correndo, visto que, o seu coração estava seduzido pelas riquezas que poderia ganhar do rei dos moabitas – Balaque.

O suborno, apesar de ser uma coisa muito natural para os inescrupulosos, não deve ser para nós cidadão de bens. A Bíblia nos adverte: “Pois, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mt 16: 26).

Balaão demonstrou certa mistura de motivações, obediência e lucro, pensou em enriquecer com o prêmio da iniquidade, seu coração estava seduzido pelas riquezas que poderia ganhar de Balaque o rei dos moabitas e seu, mas, isso não aconteceu, pois não demorou muito, foi morto durante um ataque pelo exército de Israel.

A Bíblia também diz que quando Moisés morreu (Deuteronômio 32:48-52; 34:1-8), depois de Josué, no período dos juízes de Israel, Deus permitiu que os moabitas oprimissem os israelitas por causa de sua desobediência.

Essa opressão moabita durou dezoito anos sob o governo do rei Eglom, até que Deus levantou Eúde, um homem canhoto, para livrar o seu povo (Juízes 3:12-30).

Foi também durante o período dos juízes que Elimeleque e Noemi migraram com sua família para Moabe. Então seus filhos se casaram com mulheres moabitas, Orfa e Rute. Quando Elimeleque e seus filhos morreram, Noemi e a moabita Rute partiram para Belém.

Pela fé, a moabita Rute foi contada na tribo de Judá. Isso porque Rute acabou se casando com Boaz, e se tornou ancestral do rei Davi, e consequentemente do próprio Jesus (Rute 4:18-22; Mateus 1:5).

Os moabitas durante a monarquia em Israel

Saul guerreou e derrotou os moabitas em suas campanhas pela Transjordânia (I Samuel 14:47). Quando Davi precisou viver como fugitivo, ele enviou seus pais para Moabe (I Samuel 22:3). Depois, o próprio rei Davi também subjugou os moabitas (II Samuel 8:2).

Quando o reino se dividiu após a morte de Salomão, os moabitas conseguiram conquistar sua independência. Mas pouco depois, durante o reinado de Onri, pai de Acabe, Moabe foi novamente subjugada por Israel. Depois da morte do rei Acabe, mais uma vez os moabitas se revoltaram e conseguiram se libertar do jugo de Israel (II Reis 3).

Pouco depois o rei Jorão de Israel, o rei Josafá de Judá e o rei de Edom, formaram uma coalizão para atacar os moabitas. Porém o ato perverso do rei moabita que sacrificou o próprio filho fez com que a ofensiva fosse abortada (II Reis 3:27).

Mais tarde foi a vez de moabitas, amonitas e edomitas formarem uma confederação para atacar Judá. Porém uma confusão surgiu entre eles próprios, e eles se autodestruíram (II Crônicas 20:1-30).

Israel também sofreu muitas vezes com a ação de saqueadores moabitas, como no fim dos dias do profeta Eliseu (II Reis 13:20). Em meados do século 8 a.C., os moabitas foram subjugados pelos assírios e Moabe passou a integrar e pagar tributos ao grande Império Assírio (cf. Isaías 15;16).

O fim dos moabitas

Já depois da queda da Assíria, os moabitas apareceram entre o exército que entrou em Judá durante o reinado de Jeoaquim (II Reis 24:2; Ezequiel 25:6-8).

Porém, não demorou muito para os moabitas participarem de uma conspiração contra a Babilônia. Então o rei Nabucodonosor se levantou fortemente contra eles, dominando-os novamente.

Mesmo depois que o Império Babilônico caiu, os moabitas continuam subordinados aos persas.

No período pós-exílio, os moabitas ainda são citados como uma raça, mas aos poucos foram se misturando e sendo completamente absorvidos por grupos árabes. Tudo o que ocorreu contra Moabe, até sua completa destruição, foi anunciado pelos profetas do Senhor (cf. Isaías 15;16; Jeremias 9:26; 25:21; 48; Ezequiel 25:8:11; Amós 2:1-3; Sofonias 2:8-11; etc…).

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  1. Apesar Deus ter poupado lo e suas duas filhas da destruição elas ainda estavam com seus corações presos em Sodoma e Gomora temos que deixar o Espírito Santo arranque de nosso ser toda raiz de amarguras para não voltar ao velho Homem.