Mateus, Marcos, Lucas e João: Estão na Antiga ou Nova Aliança? Entenda à Luz da Bíblia

Nova aliança

A relação entre os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João e a Nova Aliança tem sido objeto de intensos debates teológicos ao longo dos séculos.

Alguns argumentam que os Evangelhos ainda pertencem ao contexto da Antiga Aliança, pois Jesus viveu e ensinou sob a Lei Mosaica.

Outros defendem que os Evangelhos são a transição essencial entre a Antiga e a Nova Aliança, pois neles Cristo não apenas cumpre a Lei, mas também anuncia a chegada de um novo pacto selado com Seu sangue.

A vinda de Jesus marcou o cumprimento da Lei e dos Profetas, inaugurando uma nova realidade baseada na graça e na fé.

Sua morte na cruz não apenas pagou o preço do pecado, mas também rasgou o véu que separava os homens da presença de Deus, estabelecendo um novo e vivo caminho para a comunhão com o Pai.

Neste Refrigério Teológico, exploraremos essa questão biblicamente e esclareceremos o papel dos livros de Mateus, Marcos, Lucas e João na Nova Aliança.

Além disso, analisaremos se a oração do Pai Nosso ainda deve ser utilizada pelos crentes hoje e como ela se encaixa no contexto da graça revelada em Cristo.

Olá, graça e paz, aqui é o seu irmão em Cristo, Pr. Francisco Miranda do Teologia24horas, que essa “paz que excede todo entendimento, que é Cristo Jesus, seja o árbitro em nosso coração, nesse dia que se chama hoje…” (Fl 4:7; Cl 3:15).

O que define a Antiga Aliança?

A Antiga Aliança foi estabelecida por Deus com o povo de Israel no Monte Sinai, tendo Moisés como mediador.

Ela era baseada na Lei dada por Deus, registrada nos mandamentos e ordenanças do Antigo Testamento, conforme descrito em Êxodo 19-24.

Esse pacto exigia obediência rigorosa à Lei de Moisés para que Israel permanecesse na bênção e na comunhão com Deus.

A instituição da Antiga Aliança

A base da Antiga Aliança era a Lei Mosaica, que continha mandamentos morais, civis e cerimoniais.

Seu propósito era revelar a santidade de Deus, expor o pecado da humanidade e preparar o caminho para Cristo.

Em Êxodo 24:7-8, lemos:

“E tomou o livro do concerto, e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos. Então tomou Moisés aquele sangue, e espargiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue do concerto que o Senhor tem feito convosco sobre todas estas palavras.” (Êxodo 24:7-8, ACF)

Esse pacto era condicional, ou seja, dependia da obediência do povo. Deus prometeu bênçãos para a obediência e maldições para a desobediência (Deuteronômio 28).

O propósito da Antiga Aliança

A Antiga Aliança tinha propósitos específicos, dentre os quais se destacam:

  1. Revelar o pecado – A Lei servia como um espelho para mostrar a incapacidade humana de alcançar a santidade por meio das próprias obras. “Porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” (Romanos 3:20, ACF)
  2. Preparar o caminho para o Verbo(Jesus) – A Lei era um tutor, conduzindo o povo a Cristo, a fim de que fossem justificados pela fé. “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” (Gálatas 3:24, ACF)
  3. Estabelecer um sistema sacrificial – A Antiga Aliança dependia do sacrifício de animais para expiação temporária dos pecados. Porém, esses sacrifícios não podiam remover o pecado de forma definitiva. “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados.” (Hebreus 10:4, ACF)

A transição para a Nova Aliança

A Antiga Aliança era temporária e apontava para a necessidade de um novo e melhor pacto.

O próprio Deus prometeu uma Nova Aliança:

“Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá.” (Jeremias 31:31, ACF)

Com a vinda de Cristo, a Antiga Aliança foi substituída por uma aliança superior, fundamentada na graça e no sacrifício perfeito de Jesus.

“Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas.” (Hebreus 8:6, ACF)

A Antiga Aliança foi essencial para a história da redenção, pois revelou o pecado, demonstrou a necessidade de um Salvador e preparou o caminho para Cristo.

No entanto, sua limitação estava no fato de que não podia conceder salvação definitiva.

Com a morte e ressurreição de Jesus, a Antiga Aliança foi cumprida e substituída por um novo pacto, estabelecido sobre promessas superiores.

A transição da Antiga para a Nova Aliança não significa que a Lei foi abolida, mas que seu propósito foi cumprido em Cristo, dando-nos acesso à graça e à justificação pela fé.

O que define a Nova Aliança?

A Nova Aliança é um pacto estabelecido por Deus com a humanidade, por meio do sacrifício de Jesus Cristo.

Diferente da Antiga Aliança, que dependia da obediência à Lei Mosaica, a Nova Aliança é fundamentada na graça e na justificação pela fé.

A instituição da Nova Aliança

A promessa de um novo concerto foi mencionada em Jeremias 31:31-34 e reafirmada em Hebreus 8:6-13, mostrando que Deus traria uma aliança superior.

Essa nova realidade foi concretizada através da morte e ressurreição de Jesus, conforme declarado:

“Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós.” (Lucas 22:20, ACF)

O sacrifício de Cristo na cruz selou essa aliança, garantindo um relacionamento direto entre Deus e os crentes, sem a necessidade dos rituais da Lei Mosaica.

O propósito da Nova Aliança

  1. Remissão dos pecados – Diferente dos sacrifícios temporários da Antiga Aliança, Jesus ofereceu um único sacrifício definitivo para a purificação dos pecados: “Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados.” (Hebreus 10:14, ACF)
  2. Um novo relacionamento com Deus – Agora, cada crente tem acesso direto ao Pai, sem necessidade de intermediários: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (1 Timóteo 2:5, ACF)
  3. O Espírito Santo em nós – Na Nova Aliança, Deus não apenas ensina Seu povo externamente, mas coloca Seu Espírito dentro de cada crente: “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo.” (Ezequiel 36:26, ACF)

A superioridade da Nova Aliança

A Nova Aliança não é baseada em mandamentos escritos em tábuas de pedra, mas na transformação do coração.

Enquanto a Antiga Aliança dependia do esforço humano, a Nova Aliança depende da obra consumada de Cristo.

“Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas.” (Hebreus 8:6, ACF)

A Nova Aliança é o cumprimento do plano de redenção de Deus.

Ela nos liberta da condenação da Lei, nos oferece acesso direto a Deus e garante a vida eterna por meio da fé em Cristo.

Não somos mais justificados pelas obras, mas pela graça recebida através do sacrifício de Jesus.

Essa aliança nos convida a viver um novo relacionamento entre Deus e os homens, guiados pelo Espírito Santo, com a certeza da salvação eterna, baseada na graça e não na Lei.

Mateus, Marcos, Lucas e João: Estão na Antiga ou Nova Aliança?

A questão sobre se os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João pertencem à Antiga ou à Nova Aliança é crucial para a compreensão do plano da redenção de Deus.

Para esclarecer essa questão, devemos analisar a função de Mateus, Marcos, Lucas e João dentro da cronologia da salvação, a posição de Jesus em relação à Lei Mosaica e o momento exato em que a Nova Aliança foi inaugurada.

O Verbo(Jesus) viveu sob a Lei Mosaica?

De fato, Jesus nasceu sob a Lei Mosaica e viveu em conformidade com ela.

O apóstolo Paulo confirma isso ao afirmar:

“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Gálatas 4:4-5, ACF)

Isso significa que Jesus cumpriu a Lei em sua totalidade, sendo obediente a todas as suas exigências.

A Antiga Aliança ainda estava vigente durante Seu ministério terreno, pois Ele mesmo declarou:

“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.” (Mateus 5:17, ACF)

A função da Lei Mosaica no ministério de Jesus

O propósito da Lei não era apenas regulamentar a vida dos judeus, mas apontar para a necessidade de um Salvador. O apóstolo Paulo explica isso ao dizer:

“De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” (Gálatas 3:24, ACF)

Dessa forma, o ensino de Jesus estava enraizado na Lei, mas sempre com um propósito transcendente: conduzir as pessoas à Nova Aliança, que seria selada por Seu próprio sangue.

A transição para a Nova Aliança

Muitos defendem que os Evangelhos pertencem à Antiga Aliança, pois Jesus ainda não havia morrido e o sistema sacrificial do templo ainda estava em vigor.

No entanto, os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João não podem ser reduzidos a um mero documento da Antiga Aliança.

Eles registram a transição entre a Antiga e a Nova Aliança.

Evidências da Transição

Mateus, Marcos, Lucas e João mostram momentos cruciais em que o Verbo(Jesus) começa a introduzir conceitos da Nova Aliança, tais como:

A justificação pela fé

Nicodemos, um mestre da Lei, é confrontado com um ensino revolucionário:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16, ACF)

Aqui, Jesus já está antecipando o princípio fundamental da Nova Aliança: a salvação não depende das obras da Lei, mas da fé nEle.

O perdão baseado na graça

Antes, o perdão dependia do cumprimento da Lei e dos sacrifícios.

No entanto, Jesus ensina um perdão incondicional, exemplificado na oração do Pai Nosso (Mateus 6:14-15) e na cruz, quando intercede pelos que o crucificavam:

“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34, ACF)

A Adoração em Espírito e Verdade

No diálogo com a mulher samaritana, Jesus anuncia uma mudança no conceito de adoração.

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (João 4:23, ACF)

Isso demonstra que a estrutura do culto judaico, centrada no templo, estava prestes a ser substituída por algo novo.

Os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João não pertencem exclusivamente à Antiga Aliança, nem são totalmente parte da Nova Aliança.

Eles representam um período de transição, no qual Jesus cumpre a Lei Mosaica ao mesmo tempo que anuncia e inaugura a Nova Aliança.

  1. Jesus nasceu sob a Lei e cumpriu todas as suas exigências.
  2. Seus ensinamentos prepararam o caminho para a Nova Aliança.
  3. A Nova Aliança começou com Sua morte, selada por Seu sangue.
  4. O véu do templo rasgado e a expressão ‘Está consumado’ indicam o fim da Antiga Aliança.

Mateus, Marcos, Lucas e João são fundamentais para compreendermos essa transição, pois revelam a missão de Cristo de cumprir a Lei e estabelecer uma nova realidade baseada na graça.

Não estamos mais sob a Antiga Aliança, mas vivemos na plenitude da Nova Aliança inaugurada por Cristo.

A Nova Aliança começa em Atos?

Muitos cristãos acreditam que a Nova Aliança começou com o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, narrado em Atos 2.

No entanto, um exame cuidadoso das Escrituras revela que a Nova Aliança foi inaugurada na cruz de Cristo, quando Ele entregou Sua vida como sacrifício perfeito pelo pecado.

O Pentecostes foi a manifestação e a confirmação do novo pacto, mas não seu início.

O véu do templo e o fim da Antiga Aliança

A morte de Jesus foi o evento determinante para a transição entre a Antiga e a Nova Aliança.

O Evangelho de Mateus relata um sinal extraordinário que ocorreu no momento da crucificação:

“E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.” (Mateus 27:51, ACF)

Esse véu separava o Lugar Santo do Santo dos Santos, onde apenas o sumo sacerdote podia entrar uma vez por ano, no Dia da Expiação (Levítico 16:2, 34).

O fato de o véu ter sido rasgado de alto a baixo indica que Deus, e não os homens, pôs fim ao sistema sacrificial do Antigo Testamento.

A partir desse momento, o acesso a Deus não dependia mais dos sacrifícios do templo, mas sim da obra consumada de Cristo.

Essa verdade é reforçada em Hebreus 10:19-20, que interpreta esse evento da seguinte forma:

“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne.” (Hebreus 10:19-20, ACF)

Aqui, a carne de Cristo é comparada ao véu do templo, mostrando que foi Sua morte que nos deu livre acesso ao Pai.

“Está Consumado!” – A obra redentora completa

Pouco antes de entregar o espírito, Jesus proclamou:

“Está consumado!” (João 19:30, ACF)

No grego original, a palavra usada aqui é “tetelestai”, que significa “pago por completo” ou “totalmente cumprido”.

Esse termo era frequentemente usado no contexto comercial para indicar que uma dívida havia sido quitada de forma definitiva.

Isso significa que, na cruz, Jesus cumpriu todas as exigências da Lei e pagou completamente o preço do pecado, inaugurando a Nova Aliança.

A carta aos Hebreus confirma isso ao declarar:

“Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Hebreus 9:28, ACF)

Isso indica que o sacrifício de Jesus foi único e suficiente, eliminando a necessidade dos sacrifícios contínuos da Antiga Aliança.

A função do Pentecostes na Nova Aliança

Se a Nova Aliança começou com a morte de Jesus, então qual foi o papel do Pentecostes (Atos 2)?

O Pentecostes foi a confirmação e a capacitação da Igreja, e não o início da Nova Aliança.

Esse evento marcou a descida do Espírito Santo, conforme prometido por Cristo:

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra.” (Atos 1:8, ACF)

O Espírito Santo selou os crentes na Nova Aliança, capacitando-os para viverem a realidade desse novo pacto.

Isso fica evidente no ensino de Paulo:

“Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa.” (Efésios 1:13, ACF)

A descida do Espírito Santo foi essencial para a missão da Igreja, mas a Nova Aliança já havia sido estabelecida na cruz.

A Nova Aliança e o Testamento de Cristo

A carta aos Hebreus traz uma ilustração poderosa para confirmar que a Nova Aliança começou com a morte de Jesus:

“Porque onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador. Porque o testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?” (Hebreus 9:16-17, ACF)

Aqui, a Nova Aliança é comparada a um testamento, que só tem validade após a morte daquele que o fez. Assim, o sacrifício de Jesus foi o evento que ativou e validou a Nova Aliança.

A Nova Aliança começou na cruz, não em Atos

Diante dessas evidências bíblicas, podemos concluir que:

  1. O véu do templo rasgado indicou o fim do sistema sacrificial da Antiga Aliança.
  2. Jesus declarou “Está consumado!”, revelando que Sua obra redentora foi completada na cruz.
  3. A morte de Cristo ativou o novo pacto, assim como um testamento só tem validade após a morte do testador (Hebreus 9:16-17).
  4. O Pentecostes foi a confirmação da Nova Aliança, capacitando os crentes para viverem sob esse novo pacto.

Portanto, a Nova Aliança não começou em Atos dos Apóstolos, mas sim na cruz do Calvário, quando Cristo entregou Sua vida como o sacrifício perfeito para a redenção da humanidade.

Viver na realidade da Nova Aliança significa confiar totalmente na obra consumada de Cristo, sem depender de méritos humanos ou ritos do Antigo Testamento.

Agora, temos acesso direto ao Pai, a remissão completa dos pecados e a presença permanente do Espírito Santo em nós. Glória a Deus por esse novo e vivo caminho! Amém!

Devemos orar o Pai Nosso hoje?

A oração do Pai Nosso era para os discípulos?

Muitos argumentam que a oração do Pai Nosso foi ensinada a um grupo de discípulos ainda não regenerados pelo Espírito Santo (Lucas 11:1-4).

De fato, na época em que Jesus ensinou essa oração, o Espírito Santo ainda não havia sido derramado, e os discípulos ainda estavam sob a Lei.

O Reino já chegou?

Na oração do Pai Nosso, encontramos o pedido: “Venha o teu reino” (Mateus 6:10).

Mas o Reino de Deus já veio?
Segundo Romanos 14:17, o Reino de Deus já está presente na vida dos crentes:

“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Romanos 14:17, ACF)

Portanto, não há mais necessidade de pedir que o Reino venha, pois ele já está presente na vida dos que creem em Cristo.

A manifestação do Reino ocorre quando vivemos em justiça, paz e alegria no Espírito Santo.

Esse Reino se torna visível na forma como amamos o próximo, como testemunhamos o Evangelho e como refletimos a natureza de Cristo no mundo.

Como cidadãos do Reino, somos chamados a exercer influência na sociedade, promovendo os valores do Reino de Deus na cultura, no trabalho, na família e em todas as esferas da vida.

Cristo inaugurou o Reino e nos deu acesso a ele, hoje, não vivemos esperando o Reino, mas manifestando-o diariamente por meio de uma vida de fé, obediência e amor.

O Reino está dentro de nós, e nossa responsabilidade é expressá-lo ao mundo.

Outro ponto discutido é a frase “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” (Mateus 6:11).

Alguns argumentam que essa oração se referia ao contexto judaico da provisão diária de Deus no deserto (Êxodo 16:4).

Entretanto, após a morte de Cristo, somos chamados a confiar na provisão abundante de Deus:

“Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (João 10:10, ACF)

Portanto, a oração do Pai Nosso não deve ser vista como um modelo fixo e obrigatório, mas sim como um princípio para a comunhão com Deus.

Como devemos orar na Nova Aliança?

Com a Nova Aliança em vigor, a oração do Pai Nosso não deve ser repetida mecanicamente, mas compreendida à luz da graça.

Jesus ensinou que devemos orar com fé, confiança e autoridade no nome dEle:

“E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.” (João 14:13, ACF)

“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.” (Romanos 8:15, ACF)

Na Antiga Aliança, o perdão era condicional, baseado na capacidade humana de perdoar os outros:

“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós.” (Mateus 6:14, ACF)

Contudo, na Nova Aliança, o perdão não é mais condicional, mas baseado na obra consumada de Cristo.

Agora, perdoamos os outros porque fomos perdoados primeiro:

“Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” (Efésios 4:32, ACF)

“Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.” (Colossenses 3:13, ACF)

Na Nova Aliança, nossa oração é baseada na identidade de filhos de Deus, na autoridade do nome de Jesus e na comunhão com o Espírito Santo.

Conclusão

Os livros de Mateus, Marcos, Lucas e João não pertencem ao Antigo Testamento, mas representam a transição entre a Lei e a Graça.

Eles registram o ministério de Jesus, que viveu sob a Lei Mosaica, mas ao mesmo tempo anunciou e estabeleceu os fundamentos da Nova Aliança.

Os Evangelhos revelam Cristo e Sua missão redentora, preparando o caminho para a Nova Aliança, que foi plenamente inaugurada com Sua morte na cruz.

O véu do templo se rasgou, declarando o fim do sistema sacrificial, e a expressão “Está consumado!” confirmou a obra completa da redenção.

Portanto, a Nova Aliança não começou em Atos dos Apóstolos, mas no Calvário, com o sangue de Cristo selando um novo e vivo caminho para Deus.

A oração do Pai Nosso foi um modelo para os discípulos antes da cruz, quando ainda estavam sob a Lei.

No entanto, na Nova Aliança, nossa comunhão com Deus deve ser baseada na obra consumada de Cristo e guiada pelo Espírito Santo.

Oramos agora como filhos de Deus, com ousadia e confiança, não buscando alcançar a graça, mas partindo da certeza de que já fomos aceitos e perdoados em Cristo.

Essa mudança na forma de orar impacta profundamente a vida do cristão.

Antes, na Antiga Aliança, o perdão era condicional e dependia da capacidade humana de perdoar.

Hoje, na Nova Aliança, o perdão é incondicional, pois recebemos gratuitamente a graça de Deus.

Isso transforma não apenas nossa relação com o Pai, mas também a maneira como lidamos com o próximo. Assim como fomos perdoados, perdoamos os outros.

Em vez de nos prendermos a orações mecânicas, devemos orar com entendimento e fé, confiando na provisão, graça e justiça que já temos em Cristo.

Como disse o apóstolo João:

“E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1 João 5:14, ACF)

Que possamos crescer na graça e no conhecimento de Cristo, vivendo plenamente na realidade da Nova Aliança, desfrutando do acesso direto ao Pai e da presença permanente do Espírito Santo em nossas vidas.

Espero que este Refrigério Teológico tenha edificado sua vida espiritual!

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