Unidos no Propósito do Reino

Unidos no Propósito do Reino

Com base no tripé “Unidade, Propósito e Reino”, este Refrigério Teológico busca explorar como podemos caminhar juntos, fortalecendo a missão que Deus nos confiou.

No texto de Efésios 4:3-6, o apóstolo Paulo enfatiza que o propósito do Reino de Deus é sustentado por três pilares fundamentais: unidade, propósito e reino.

Ele exorta os cristãos a se esforçarem para guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz, destacando que há “um só corpo e um só Espírito, uma só fé, um só Senhor e um só Deus e Pai de todos”.

Essa mensagem não apenas fortalece a identidade do corpo de Cristo, mas também ressalta a missão central da Igreja – adoração, serviço e evangelização – como meios de refletir a glória de Deus.

Essa missão se concretiza por meio da harmonia entre os membros e do trabalho conjunto, mostrando ao mundo o poder transformador do Reino de Deus.

Olá, graça e paz, aqui é o seu irmão em Cristo, Pr. Francisco Miranda do Teologia24horas e da AD Shalom, que essa “paz que excede todo entendimento, que é Cristo Jesus, seja o árbitro em nosso coração, nesse dia que se chama hoje…” (Fl 4:7; Cl 3:15).

Efésios 4:3-6
3 Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.
4 Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.

Com base nesse texto inspirador que nos conduz a uma compreensão mais profunda sobre a essência da Igreja de Cristo: a unidade no propósito do Reino de Deus, que a Igreja Evangélica Assembleia de Deus Shalom (AD Shalom) adota como tema da campanha “Projetando 2025” o lema: Unidos no Propósito do Reino.

Esse tema, além de guiar a visão da Igreja para o futuro, será também a base do trabalho anual de todas as superintendências e sub-sedes, servindo como um convite para que cada membro e liderança se alinhem aos valores que sustentam o Reino de Deus.

O compromisso com unidade, propósito e Reino reflete não apenas um ideal teológico, mas uma prática diária que deve nortear a vida cristã e os trabalhos da Igreja.

Em um mundo marcado por divisões, o chamado para viver como um só corpo é tanto um desafio quanto um privilégio.

A AD Shalom se posiciona com ousadia para projetar o futuro sob a direção do Espírito Santo, unindo esforços em harmonia, fortalecendo a missão da Igreja e promovendo o avanço do Reino de Deus em todas as suas esferas de atuação.

Unidade: A base do corpo de Cristo

A unidade é um dos temas mais essenciais e profundos da fé cristã, desde a oração sacerdotal de Jesus registrada em João 14-17, percebemos a centralidade desse princípio no coração de Deus.

Jesus clamou: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17:21).

Essa declaração revela que a unidade do corpo de Cristo é um reflexo direto da perfeita unidade existente na Divindade – entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Essa unidade divina, caracterizada por harmonia, amor e propósito comum, não é apenas um modelo distante, mas o padrão que nós, como membros do corpo de Cristo, somos chamados a viver na prática diária.

Assim como o Pai e o Filho estão unidos em essência e propósito, nós, como igreja, devemos manifestar essa mesma unidade em nossos relacionamentos e na missão que nos foi confiada.

Essa unidade não é baseada em uniformidade ou conformidade, mas em uma harmonia que respeita a diversidade de dons, talentos e vocações no corpo de Cristo.

É a expressão visível da obra do Espírito Santo em nós, unindo-nos em um só propósito: glorificar a Deus e edificar uns aos outros.

Quando vivemos essa unidade divina na igreja, demonstramos ao mundo o amor de Deus de forma tangível.

Essa comunhão autêntica não apenas fortalece o corpo de Cristo internamente, mas também é um poderoso testemunho externo, levando outros a crerem que Jesus é o enviado de Deus e que Sua mensagem é verdadeira.

Propósito: A missão comum

Não podemos confundir dons, talentos e vocações com missão, propósito e chamado, embora ambos sejam essenciais na caminhada cristã, representam dimensões distintas da nossa vida espiritual.

Enquanto os dons, talentos e vocações dizem respeito às habilidades que Deus nos concede, nossa missão, propósito e chamado apontam para o objetivo eterno e central da nossa existência: ser conformes à imagem de Cristo.

Em Romanos 8:28,29, o apóstolo Paulo nos lembra: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.

Esse versículo revela que o propósito último de Deus para todos os Seus filhos é que sejam como Cristo em caráter, santidade e submissão ao Pai.

Esse é o chamado universal para todos os cristãos, e nele se fundamenta nossa missão, propósito e chamado: refletir Cristo ao mundo por meio de nossas vidas.

É essencial entendermos a doutrina das diversidades no corpo de Cristo, conforme I Coríntios 12:4-7:

  • Diversidades de DONS  (I Co 12:4), mas o Espírito é o mesmo. 
  • Diversidades de MINISTÉRIOS (I Co 12:5), mas o Senhor é o mesmo. 
  • Diversidade de OPERAÇÕES (I Co 12:6), mas Deus é o mesmo que opera todas as coisas. 
  • Diversidade de MEMBROS (I Co 12:20), mas o corpo é o mesmo.

Essas diversidades são reflexos da sabedoria divina e revelam que cada cristão possui um papel único e indispensável na obra de Deus.

Não há espaço para competição ou disputa, pois cada membro do corpo de Cristo foi chamado a desempenhar sua função de acordo com a vontade de Deus, sendo guiado pelo Espírito Santo para contribuir com harmonia e propósito na edificação da Igreja.

Contudo, os dons, talentos e vocações são instrumentos, não o propósito final, nosso propósito maior é refletir a imagem de Cristo, através da nossa missão, propósito e chamado.

Os dons, talentos e vocações, são os instrumentos que Deus nos dá para cumprir essa missão.

Dons naturais

São habilidades inatas que possuímos desde o nascimento, independentemente da fé em Deus. Esses dons resultam de uma combinação de genética (como a habilidade natural para música, arte ou matemática) e ambiente (como crescer em uma família musical, que potencializa talentos musicais).

Qualquer pessoa pode possuir dons naturais, seja cristã ou não, pois estão relacionados à criação comum de Deus.

No entanto, enquanto os dons naturais podem ser desenvolvidos por qualquer indivíduo, os dons espirituais e ministeriais são exclusivos aos cristãos, concedidos por Deus para um propósito específico.

Dons espirituais

São capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito Santo exclusivamente aos membros do corpo de Cristo, com o objetivo de edificar a Igreja.

Esses dons estão organizados em três categorias principais, conforme I Coríntios 12:7-11:

  • Dons de Poder: Fé, Operações de Maravilhas e Dons de Curar.
  • Dons de Saber: Palavra da Ciência, Discernimento de Espíritos e Palavra de Sabedoria.
  • Dons de Inspiração: Profecia, Interpretação de Línguas e Variedades de Línguas.

Esses dons são dados para capacitar os cristãos a cumprir sua missão no corpo de Cristo, sendo uma manifestação da graça de Deus por meio de Seus filhos.

Dons ministeriais

São chamados específicos para funções distintas dentro da obra de Deus, conforme Efésios 4:11-12. Esses dons incluem os ofícios de Apóstolo, Profeta, Evangelista, Pastor e Mestre, que têm como propósito principal aperfeiçoar os santos e edificar o corpo de Cristo.

Diferentemente dos dons espirituais, os dons ministeriais estão relacionados a uma vocação específica no Reino, demandando dedicação e obediência ao chamado de Deus.

Entretanto, todos esses são meios e não o fim em si mesmos, ou seja, o nosso propósito maior não é exercer nossos dons naturais, espirituais e ministeriais, mas manifestar Cristo em tudo o que fazemos.

Estrutura eclesiástica

A estrutura eclesiástica da Igreja de Cristo é um organismo vivo, cuidadosamente organizado em três níveis de maturidade espiritual: Membros, Diáconos e Presbíteros. Cada nível representa um papel essencial no funcionamento e crescimento do corpo de Cristo.

Onde você se encontra nessa estrutura?
Você é um membro, um(a) diácono(isa) ou um presbítero?

Cada grupo desempenha funções únicas e indispensáveis para o fortalecimento da Igreja de Cristo:

  • Membros: Base da igreja, chamados a viver em comunhão, crescer espiritualmente e exercer dons e talentos para edificação mútua.
  • Diáconos: Focados no serviço prático, auxiliando na organização e no suporte às necessidades sociais da Igreja local.
  • Presbíteros: Responsáveis pela liderança espiritual guiando o rebanho em direção à maturidade em Cristo.

Essa estrutura não apenas organiza a igreja, mas reflete o plano de Deus para a cooperação, crescimento e avanço do Seu Reino.

Cada função, quando exercida com amor e compromisso, contribui para que a Igreja permaneça unida e eficaz na missão de proclamar o Evangelho.

Quer saber mais sobre essa estrutura? Clique aqui e continue lendo sobre como cada nível de maturidade espiritual que fortalece a Igreja de Cristo.

Reino: A essência da Igreja

O Reino de Deus é o alvo supremo que une e direciona todos os esforços do corpo de Cristo.

Ele não é apenas uma promessa futura, mas uma realidade presente, conforme ensina Romanos 14:17: “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”

O Reino transcende estruturas físicas ou terrenas; ele não é um lugar físico, mas um estado de espírito, um governo espiritual onde Deus reina soberano no coração dos Seus filhos, sobre qualquer circunstancia.

Assim, viver o Reino é permitir que a glória de Deus seja vista em nossa vida diária, enquanto caminhamos em obediência e amor ao Rei.

O Reino de Deus não depende das circunstâncias externas, mas é uma realidade que pode ser vivida mesmo em meio às lutas, provações e desafios da vida.

Ele se manifesta no cotidiano quando exercemos justiça, paz e alegria no Espírito Santo, refletindo os valores do Reino acima das dificuldades.

Justiça em meio às provações

Quando enfrentamos injustiças ou adversidades, somos chamados a agir com integridade, alinhando nossas ações à vontade de Deus.

A prática da justiça não é apenas cumprir regras, mas demonstrar o caráter de Cristo em todas as situações, mesmo diante de oposição.

Paz em tempos de lutas

O Reino nos dá uma paz que excede todo entendimento (Filipenses 4:7).

Essa paz não é ausência de conflitos, mas a certeza de que Deus está no controle, nos fortalecendo em meio às tempestades.

Confiar no Senhor e depender do Espírito Santo nos permite reagir com serenidade e manter a harmonia em nossas relações.

Alegria nas adversidades

A alegria no Espírito Santo não é circunstancial; ela transcende os desafios da vida.

Mesmo em meio à dor ou perdas, o cristão encontra motivo para se alegrar em Deus, sabendo que Ele é fiel e que Sua graça é suficiente.

Um chamado à prática

Viver o Reino hoje significa trazer a realidade espiritual para o presente, superando as dificuldades com os valores divinos.

Quando praticamos justiça, paz e alegria em nossas circunstâncias, não apenas experimentamos o Reino de Deus em nossas vidas, mas também testemunhamos Seu poder ao mundo, proclamando que o governo de Deus é maior que qualquer desafio terreno.

Essa é a essência de viver como cidadãos do Reino: honrar a Deus em meio às tribulações, entendendo que as dificuldades presentes são “leves e momentâneas” em comparação com a “eterno peso de glória” que está sendo preparado para nós, conforme declara II Coríntios 4:17-18.

Essa perspectiva nos permite viver com os olhos fixos não no que é visível e temporário, mas no que é invisível e eterno.

Ao vivermos dessa maneira, mesmo em meio aos desafios, avançamos o Reino em todas as áreas da vida, demonstrando ao mundo que nosso tesouro e esperança estão no governo eterno de Deus.

Equilíbrio emocional

Para exercer a unidade, o propósito e o Reino de Deus de forma prática, é fundamental desenvolver uma inteligência emocional guiada e moldada pelo fruto do Espírito Santo, conforme ensina Gálatas 5:22.

Aqui estão passos específicos para alinhar suas emoções com esses valores:

Desenvolvendo Emoções para a Unidade

A unidade exige maturidade emocional para lidar com as diferenças e promover harmonia no corpo de Cristo.

Passos práticos:

  • Autoconsciência: Reconheça suas emoções e como elas afetam seus relacionamentos. Pergunte-se: “Minhas reações estão construindo ou enfraquecendo a unidade?”
  • Empatia: Coloque-se no lugar do outro para entender suas perspectivas, mesmo quando discordam. Isso ajuda a superar conflitos.
  • Perdão: Libere mágoas rapidamente, lembrando que a unidade é mais importante do que quem está certo ou errado.
  • Prática bíblica: “Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Efésios 4:3).

Desenvolvendo Emoções para o Propósito

Viver o propósito de Deus requer emoções equilibradas, pois desafios e frustrações podem desviar sua atenção do chamado.

Passos práticos:

  • Foco no propósito: Lembre-se de que seu propósito maior é refletir Cristo, conforme Romanos 8:29.
  • Resiliência: Encare os desafios como oportunidades de crescimento, confiando que Deus está moldando você.
  • Gratidão: Desenvolva a alegria ao reconhecer as pequenas vitórias no cumprimento do propósito de Deus.
  • Prática bíblica: “Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Romanos 8:28).

Desenvolvendo Emoções para o Reino

O Reino de Deus é manifestado por meio de justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17), e essas qualidades devem moldar suas emoções.

Passos práticos:

  • Justiça: Mantenha sua consciência limpa diante de Deus e dos homens. Reflita antes de agir para garantir que suas escolhas sejam justas.
  • Paz: Cultive paz interior, confiando que Deus está no controle, mesmo em tempos difíceis.
  • Alegria: Decida se alegrar, independentemente das circunstâncias, sabendo que o Reino transcende os desafios terrenos.
  • Prática bíblica: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Filipenses 4:6, ACF).

Temperamentos

Os temperamentos são padrões emocionais e comportamentais que influenciam a maneira como reagimos às situações, nos relacionamos e enfrentamos desafios.

Cada pessoa possui uma combinação única de temperamentos, que podem ser identificados e desenvolvidos à luz dos valores do Reino de Deus.

Os temperamentos básicos são: Sanguíneo, Colérico, Melancólico e Fleumático. Identificá-los ajuda a entender nossas emoções e áreas que precisam ser moldadas.

  • Sanguíneo:
    • Características: Extrovertido, entusiástico, sociável e impulsivo.
    • Desafios: Superficialidade, falta de foco e dificuldade em lidar com rejeição.
    • Indícios: Reage com emoção intensa e busca interações sociais constantes.
  • Colérico:
    • Características: Determinado, enérgico, líder nato e orientado para resultados.
    • Desafios: Impaciência, autoritarismo e dificuldade em demonstrar empatia.
    • Indícios: É movido pela ação e tende a assumir controle nas situações.
  • Melancólico:
    • Características: Sensível, analítico, perfeccionista e introspectivo.
    • Desafios: Pessimismo, autocrítica excessiva e tendência ao isolamento.
    • Indícios: Observa profundamente antes de agir e busca excelência.
  • Fleumático:
    • Características: Calmo, paciente, diplomático e adaptável.
    • Desafios: Procrastinação, passividade e evitar confrontos necessários.
    • Indícios: Reage com serenidade e prefere evitar conflitos.

Ao identificar seu temperamento, é possível submetê-lo ao Espírito Santo para alinhá-lo aos valores do Reino de Deus: justiça, paz e alegria. Aqui estão maneiras práticas de desenvolvê-los:

  • Sanguíneo: Cultivar o autocontrole e a profundidade nos relacionamentos, evitando impulsividade. Buscar equilíbrio entre entusiasmo e consistência.
    • Prática: Dedique momentos ao estudo da Palavra para fortalecer a disciplina emocional.
  • Colérico: Desenvolver empatia e paciência, reconhecendo o valor da colaboração. Trabalhar a humildade para equilibrar sua energia natural.
    • Prática: Faça pausas conscientes antes de agir ou falar, pedindo direção ao Espírito Santo.
  • Melancólico: Aprender a confiar na graça de Deus, superando a autocrítica. Desenvolver gratidão e foco em aspectos positivos para equilibrar o perfeccionismo.
    • Prática: Anote diariamente motivos de gratidão para combater pensamentos negativos.
  • Fleumático: Sair da zona de conforto, sendo mais proativo em assumir responsabilidades. Usar sua serenidade para liderar com sabedoria e equilíbrio.
    • Prática: Estabeleça metas claras e pequenas ações diárias para vencer a procrastinação.

Quem é o Varão Perfeito de Efésios 4:13?

O varão perfeito, descrito em Efésios 4:13, é o Senhor Jesus Cristo, nosso modelo supremo de perfeição.

Ele é o exemplo ideal de maturidade espiritual, humanidade redimida e caráter conforme o coração de Deus.

Sua plenitude abrange todas as características e qualidades que devemos buscar, incluindo os traços equilibrados dos temperamentos humanos.

Os evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João), Jesus é revelado com qualidades distintas que expressam Sua plenitude como o varão perfeito, alinhadas também às características dos temperamentos:

  • Mateus apresenta Jesus como o Rei – Aquele que reina com autoridade e justiça (temperamento colérico: determinado e líder, mas equilibrado com compaixão e justiça).
  • Marcos apresenta Jesus como o Servo – Aquele que serve com dedicação e humildade (temperamento fleumático: calmo e disposto a ajudar, refletindo paciência e serviço).
  • Lucas apresenta Jesus como o Filho do Homem – Aquele que vive como verdadeiro homem, perfeito em humanidade (temperamento melancólico: sensível e profundo, com uma visão clara do propósito).
  • João apresenta Jesus como o Filho de Deus – Aquele que reflete a glória divina e tem uma visão celestial (temperamento sanguíneo: extrovertido e inspirado, com uma alegria contagiante, mas guiada pelo Espírito).

Essas qualidades encontram paralelo nas quatro faces dos querubins descritas em Ezequiel 1:10 “E a semelhança do seu rosto era como rosto de homem, e, à mão direita, todos os quatro tinham rosto de leão, e, à mão esquerda, todos os quatro tinham rosto de boi, e também rosto de águia, todos os quatro.”

  • Leão (Mateus): Representa a realeza de Jesus como Rei, refletindo o temperamento colérico.
  • Boi (Marcos): Representa o serviço sacrificial de Jesus como Servo, refletindo o temperamento fleumático.
  • Homem (Lucas): Representa a humanidade perfeita de Jesus como Filho do Homem, refletindo o temperamento melancólico.
  • Águia (João): Representa a visão divina e celestial de Jesus como Filho de Deus, refletindo o temperamento sanguíneo.

Quem é o varão perfeito aos olhos de Deus?

O varão perfeito é aquele que reflete as características de Cristo em sua vida.

Ele manifesta:

  • A realeza de um Rei: Liderança com justiça e autoridade espiritual, equilibrada pela compaixão.
  • O serviço de um Boi: Dedicação humilde e sacrificial em seu chamado, com paciência e perseverança.
  • A administração de um Homem: Sabedoria prática e responsabilidade em todas as áreas, com sensibilidade às necessidades dos outros.
  • A visão de uma Águia: Clareza espiritual e discernimento das coisas celestiais, mantendo o foco nos propósitos eternos.

Essas qualidades podem ser sintetizadas em dois pares complementares:

  • Mentalidade de Rei x Coração de Servo: Liderar com autoridade, mas com humildade e disposição para servir.
  • Administração de Homem x Visão de Águia: Agir com sabedoria prática enquanto mantém os olhos fixos nos propósitos celestiais.

O varão perfeito é aquele que, à semelhança de Cristo, busca integrar essas características equilibradas dos temperamentos à luz do Espírito Santo.

Jesus Cristo é o exemplo supremo de como os traços de cada temperamento podem ser moldados para cumprir o propósito de Deus.

Assim, o chamado à perfeição em Cristo não é apenas um ideal, mas uma jornada prática de crescimento espiritual e emocional para refletir o caráter de Jesus em todas as áreas da vida.

Independentemente do temperamento, todos podem ser transformados pelo Espírito Santo, que capacita cada pessoa a refletir o caráter de Cristo.

O apóstolo Paulo em Gálatas 5:22 nos lembra que o fruto do Espírito – amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio – é essencial para o desenvolvimento emocional e espiritual.

Identificar e desenvolver os temperamentos à luz do Reino de Deus é um processo de autoconhecimento e rendição ao Espírito Santo.

Isso permite que as fraquezas sejam transformadas em forças e que os dons naturais sejam usados para glorificar a Deus e edificar o corpo de Cristo.

Seja qual for o temperamento, todos podem ser moldados para refletir a justiça, paz e alegria do Reino.

Conclusão

O Reino de Deus nos chama a uma vida que transcende circunstâncias externas, refletindo unidade, propósito e justiça, paz e alegria no Espírito Santo.

Nesse contexto, compreender e desenvolver nossas emoções, temperamentos e dons é essencial para vivermos como cidadãos do Reino, alinhados à vontade de Deus.

Além disso, entender a diferença entre dons, talentos e vocações em relação à missão, propósito e chamado nos ajuda a viver com clareza e foco.

Nossos dons são instrumentos valiosos, mas o propósito maior permanece o mesmo: sermos conformados à imagem de Cristo (Romanos 8:29) e proclamarmos o Reino como embaixadores de Deus (II Coríntios 5:20).

Por fim, viver o Reino de Deus é uma prática diária. É uma escolha constante de permitir que a soberania de Deus governe nossas emoções, ações e relacionamentos.

Seja nas tribulações ou nas aflições, somos chamados a refletir a glória de Cristo, sabendo que nosso trabalho no Senhor não é em vão.

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus Shalom (AD Shalom), por meio da campanha “Projetando 2025”, nos convida a caminhar em unidade, viver com propósito e proclamar o Reino de Deus com clareza e determinação.

Que possamos, como Igreja, assumir esse chamado com coragem e fidelidade, vivendo de forma que Cristo seja glorificado até que Ele venha.

Espero que esse Refrigério Teológico, possa beneficiar no seu crescimento espiritual, peço que faça suas considerações/comentários, compartilhe esse artigo em suas redes sociais, converse com o seu cônjuge, seus filhos, seus irmãos e amigos sobre esse assunto.

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