Ethos, Pathos e Logos: qual a relação com a pregação do Evangelho?

Ethos, Pathos e Logos qual a relação com a pregação do Evangelho

Ethos, Pathos e Logos são termos mais vistos ao estudar oratória e persuasão, quando o filósofo Aristóteles (384-322 a.C.) escreveu os três livros que compõem a “Retórica” possivelmente estaria longe de imaginar que passados vários séculos a sua obra continuaria atual e útil para quem procura persuadir o seu público-alvo por meio da retórica.

Olá, graça e paz, aqui é o seu irmão em Cristo, Pr. Francisco Miranda do Teologia24horas, que essa “paz que excede todo entendimento, que é Cristo Jesus, seja o árbitro em nosso coração, nesse dia que se chama hoje…” (Fl 4:7; Cl 3:15).

Embora muitas vezes a palavra “retórica” seja usada como sinônimo de expressões vazias e truques verbais, na realidade é o estudo cuidadoso dos métodos e meios de persuadir o público por meio da linguagem.

Segundo Aristóteles, existem três aspectos fundamentais na persuasão, um arquétipo conhecido popularmente como “o triângulo da persuasão ou triângulo da retórica. Cada ponta do triângulo apela a uma parte diferente da psique humana.

A ideia era mostrar que todo tipo de comunicação envolve três elementos que geram aceitação, perplexidade, repulsa ou convencimento, conforme quem fala, como fala e o que fala. 

A imagem desse discurso pode ser comparada a uma transmissão radiofônica: há o emissor da mensagem e o receptor. Entre eles, a mensagem propriamente dita. 

A questão imaginativa é bastante simples, mas entre os dois há muitos aspectos que podem distorcer a mensagem – ruídos que causam interferência e impedem que a palavra alcance corretamente a mente daquele que a ouve.

Na Grécia Antiga, as decisões políticas exigiam convencer de que sua ideia era a melhor. Por isso, um grego antigo precisava identificar sua audiência, transmitir sua mensagem e convencer as pessoas de que a ideia era boa. Agora, pense no mundo das redes sociais. Consegue identificar nossa realidade?

Um desses aspectos comunicativos é o Ethos, uma palavra grega (ἔθος) que significa “caráter, hábito, costume”refere-se às características do orador que podem influenciar o processo de persuasão, como a sua autoridade, honestidade e credibilidade em relação ao tema em análise. 

A capacidade de dialogar do orador e a sua apresentação também estão incluídas nas competências que poderão levar à persuasão.

Ela está ligada ao caráter, credibilidade que gera boa percepção do ouvinte sobre aquele que fala, garantindo autoridade. Quando recebemos uma informação logo perguntamos: “Quem falou?”. 

A mensagem em si é tão importante quanto sua fonte.

Outro aspecto é o Pathos, uma palavra grega (πάθος) que significa “sofrimento, paixão, afeto”, refere-se ao apelo ao lado emocional do público-alvo, ou seja, a capacidade de extrair emoção do ouvinte. 

Está ligada aos sentimentos e emoções decorrentes do discurso. Já percebeu quantas vezes nos comovemos com as histórias daqueles que nos batem à porta pedindo ajuda, apesar de termos dito que nunca mais ajudaríamos estranhos? 

Por exemplo, quando o orador, que se apresenta como membro da audiência, apela às emoções desta última através de metáforas ou de manifestações físicas de emoções (como sorrisos ou lágrimas). Para isso, é imprescindível ter um conhecimento antecipado de como comover o público.

O discurso emocionado é um prato cheio para os ludibriadores de consciência alheia manipular convicções. Sentimentos convencem.

E, por fim, Aristóteles cita o Logos, uma palavra grega (λόγος) que significa “linguagem, palavra”, como o outro vértice do triângulo comunicativo. É o discurso em si, a palavra falada, o conteúdo lógico que confere sentido à comunicação. 

Isto é, à forma como a tese é apresentada (a clareza do discurso, o uso de técnicas como a repetição, a escolha minuciosa da ordem dos argumentos, o evitar ou uso hábil de falácias) e à força dos seus argumentos, diminuindo as hipóteses de refutação.

Esta é a maneira que Deus escolheu para se relacionar conosco e tornar sua vontade conhecida.

Uma questão bastante interessante é que quando o evangelista João escreveu o Evangelho usou a palavra Logos para se referir a Jesus. 

Em João 1:1 está escrito: “No princípio era o verbo (logos, no grego), e o verbo (logos) estava com Deus, e o verbo (logos) era Deus.” 

Essa palavra era comum à época e usada para se referir ao decreto (ou Palavra) Divino que confere ordem ao universo. 

João diz que Jesus é o Logos Divino através do qual a salvação veio a nós anunciando as palavras e obras de Deus, “a verdadeira luz que, vinda a este mundo, ilumina a todo homem” (Jo 1:9). 

Pode ser que a mensagem do Evangelho não seja muito coerente com a lógica humana, afinal pessoas querem um salvador super-herói, uma mensagem adocicada que exija mínimos compromissos e uma religiosidade limitada aos parâmetros do que convencionamos. 

A mensagem do Evangelho não é nada disso. Ela fala de um salvador que morreu na cruz, de uma consagração inteira de vida e de mandamentos que vão muito além da nossa frágil concepção. 

Esses mandamentos seriam muito diferentes se Jesus estivesse interessado em granjear a simpatia dos adeptos. 

Não se esqueça, porém, que estamos falando da lógica e da sabedoria de Deus e não do homem. 

Neste caso, a sujeição voluntária de alguém a Deus só pode ser vista como um milagre do céu onde a graça dobra e rende o coração.

Deus continua falando. O Logos de Deus ainda manifesta a vontade Divina. 

Você tem ouvido? Ou ainda há ruídos que causam interferências e te fazem perder o conteúdo da mensagem do Evangelho?

Em suma, quanto melhor você trabalhar cada um desses elementos, mais assertiva será sua comunicação.

O ideal será combinar estas três componentes em qualquer processo de persuasão, de modo a que o Logos possa apoiar o Ethos do orador (e vice-versa) e que o Pathos ajude à aceitação dos argumentos racionais (o Logos).

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Seu irmão em Cristo, Pr. Francisco Miranda do Teologia24horas, um jeito inteligente de ensinar e aprender!

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